Paraná

Previdência

Professores, motoristas e cobradores aderem à paralisação do dia 15 em Curitiba

Diferentes categorias se unem em torno de uma mesma pauta: o fim da reforma da Previdência

Brasil de Fato, Curitiba (PR) |
Funcionários do transporte vão aderir à mobilização nacional e paralisar as atividades
Funcionários do transporte vão aderir à mobilização nacional e paralisar as atividades - Cesar Brustolin/SMCS

Trabalhadores de seis empresas de ônibus da região de Curitiba vão participar no dia 15 de março das atividades da campanha "Todos Contra o Fim da Aposentadoria", convocada por várias centrais sindicais do país. Os horários de paralisação do serviço contra a reforma da Previdência (PEC 287) não estão definidos, mas o Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc) informou que o prejuízo aos usuários será o menor possível.

Retrocesso

A PEC 287 compromete conquistas históricas dos trabalhadores do país. Estão em jogo, por exemplo, a exigência de idade mínima de 65 anos para aposentadoria e o tempo de 49 anos de contribuição para acesso à aposentadoria integral. A expectativa dos aliados do governo Michel Temer (PMDB) é que o texto da reforma da Previdência seja encaminhado para votação no plenário da Câmara Federal a partir de abril. A base governista aposta em um prazo de aprovação em dois turnos, entre 15 de abril e 10 de maio. Se houver mais de 308 deputados favoráveis, a proposta seguirá para votação no Senado.

Educação

Além de se somar às demais categorias mobilizadas contra a PEC 287, os professores da rede estadual vão entrar em greve por tempo indeterminado a partir do dia 15. A decisão foi anunciada em conjunto com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).  "A pauta nacional é pelo pagamento do piso do magistério e contra a reforma da Previdência", explica o secretário de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato), Luiz Fernando Rodrigues. "No estado, nossa greve é contra a resolução de distribuição de aulas deste ano, e porque o governo não pagou a reposição inflacionária e tem uma dívida milionária com a categoria desde 2015".

A APP-Sindicato espera negociar com o governo Beto Richa (PSDB) até o final da próxima semana, mas a greve está mantida. A concentração dos professores no dia da paralisação nacional começa às nove da manhã, na Praça Santos Andrade, no Centro de Curitiba. 

Edição: Ednubia Ghisi