Educação

Uerj adia pela quinta vez o início das aulas em função da crise financeira

O principal entrave para o início das aulas é a falta de pagamento às empresas terceirizadas

Agência Brasil |
Alunos e professores fazem ato de apoio à Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Alunos e professores fazem ato de apoio à Universidade Estadual do Rio de Janeiro - Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Fórum de Diretores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) decidiu, em reunião realizada nesta quinta (9), adiar pela quinta vez o início das aulas referentes ao segundo semestre do ano passado, devido à atual crise financeira que atravessa o governo do Rio de Janeiro. A Uerj entende "que um fator crucial desta crise diz respeito ao pleno exercício de sua autonomia, inclusive financeira, e está preparando as medidas judiciais cabíveis para o cumprimento dessa disposição constitucional. Também estamos elaborando anteprojeto de lei, a ser encaminhado à Assembleia Legislativa do Rio, com a mesma finalidade", diz, em nota, o colegiado.

No início de janeiro, a reitoria da Uerj adiou o início das aulas do segundo período de 2016 pela falta de condições necessárias ao pleno funcionamento da instituição. Entre os problemas estão o não pagamento das bolsas e salários pelo governo do estado. Em nota, a Uerj informou que, desde então, a reitoria e o fórum de diretores vêm se reunindo semanalmente para avaliar e propor alternativas para superar o que chama de "maior crise de financiamento em sua história".

Segundo o fórum, os principais entraves para o início das aulas são a inexistência de um plano de regularização dos pagamentos às empresas terceirizadas (manutenção, infraestrutura, limpeza, segurança, coleta do lixo, restaurante universitário, elevadores e outros), a ausência de um calendário de pagamento de salários e bolsas estudantis, além da falta de um cronograma de repasses de verbas para a manutenção em geral.

"Diante desses fatos, a reitoria, apoiada pelos diretores de faculdades e institutos da universidade, decidiu aguardar até a próxima quinta-feira (16), quando voltará a se reunir para definir sobre o início das aulas", diz a nota.

Edição: Agência Brasil