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Com Temer e sem discurso, Moraes assume cadeira no STF

Contestado, ele poderá ficar na Corte até 2043

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Sessão solene de posse de Alexandre de Moraes no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal
Sessão solene de posse de Alexandre de Moraes no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal - Beto Barata/Fotos Públicas

Em cerimônia rápida e sem pronunciamentos, o advogado Alexandre de Moraes, ex-ministro da Segurança Pública em São Paulo e ex-ministro da Justiça, tomou posse no Supremo Tribunal Federal (STF), na vaga de Teori Zavascki, morto em acidente no início do ano. Não houve discursos, apenas as boas-vindas dadas pela presidenta da Corte, ministra Cármen Lúcia. O novo ministro poderá ficar no STF até 2043, quando completará 75 anos, idade limite para aposentadoria.

Contestado por parte do meio jurídico e acadêmico, além de movimentos sociais, Moraes entrou no plenário às 17h05 de ontem (22), conduzido pelo decano do STF, Celso de Mello, e pelo ministro mais novo na Casa, Edson Fachin. Empossado às 17h09, sentou-se à esquerda de Luís Roberto Barroso, em uma das pontas da mesa.

No extremo oposto, estava o ministro Gilmar Mendes, posicionado muito próximo do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Os dois representantes do Judiciário brasileiro trocaram farpas nos últimos dias. Mendes criticou a PGR ao falar em vazamento de dados da Operação Lava Jato, enquanto Janot, sem citá-lo, acusou o ministro de cometer "disenteria verbal" e "decrepitude moral".

Também participaram o presidente Michel Temer, os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). "Padrinho" de Moraes, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi à posse. Até ser indicado para a Corte, o novo ministro era filiado ao PSDB, depois de deixar o PMDB e o PFL (atual DEM). Um dos 11 ministros do STF, Luiz Fux, está em viagem pelos Estados Unidos.

 

Publicado originalmente no Rede Brasil Atual

Edição: Rede Brasil Atual