Conheça um pouco da história e das propriedades nutritivas desse grão andino de cultivo ancestral
Você já ouviu falar da quinoa? Nativa das regiões andinas do Peru, Bolívia, Equador e Colômbia, a planta caiu em desuso com a invasão espanhola, sendo substituída por grãos consumidos na Europa, como o trigo e a cevada. No entanto, nos últimos anos, ela vem se tornando cada vez mais conhecida nos cardápios pelo mundo.
Suas sementes foram domesticadas há cerca de 4 mil anos para consumo humano. Conservada através dos tempos pelos povos quechuas e aymaras é extremamente versátil, chegando a ter mais de 3.100 variedades.
Diferentes tipos de quinoa podem ser cultivadas a partir do nível do mar até os 4 mil metros de altitude. Além disso, ela pode suportar temperaturas abaixo de zero e até 38 graus celsius, tanto em climas úmidos quanto áridos. Para completar, a planta é bastante resistente às pragas e doenças.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), está supervisionando programas de agricultura sustentável da quinoa nos países andinos, preservando o ambiente e a biodiversidade da flora andina.
O grão produzido pela quinoa tem diversas propriedades benéficas à saúde humana. A quinoa tem mais proteínas do que o trigo, o milho ou o arroz, concentrando aproximadamente 15 gramas de proteínas em 100 gramas de grão.
Também possui vitaminas, minerais e aminoácidos essenciais para a nutrição humana, mas que geralmente são difíceis de serem encontrados em apenas uma fonte alimentar. A quinoa não contém glúten, sendo frequentemente recomendada por nutricionistas em dietas para pessoas intolerantes à proteína.
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Alimento é Saúde
Locução: Juliana Gonçalves
Produção: Júlia Dolce
Sonoplastia: André Paroche
Edição: Daniela Stefano