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Início Direitos Direitos Humanos

Lesbofobia

Coletiva lança documentário para lembrar um ano do assassinato de Luana Barbosa

Filme traz relatos de outros casos de assassinato e violência contra mulheres negras e lésbicas

14.abr.2017 às 13h18
São Paulo (SP)
Júlia Dolce e Juliana Gonçalves
Cartaz de divulgação do documentário "Eu sou a Próxima"

Cartaz de divulgação do documentário "Eu sou a Próxima" - Cartaz de divulgação do documentário "Eu sou a Próxima"

Nesta quinta-feira (13), um ano após o assassinato de Luana Barbosa dos Reis, mulher negra e lésbica que foi espancada até a morte por três policiais militares na periferia de Ribeirão Preto, foi lançado o documentário "Eu sou a próxima", em sua homenagem.

Organizada e produzida pela Coletiva feminista Luana Barbosa, formada por mulheres negras, periféricas e lésbicas inspiradas na resistência de Luana, a exibição do documentário reuniu cerca de 200 pessoas em duas sessões realizadas na sede da entidade Ação Educativa, em São Paulo. A edição e preparação de imagens foi realizada pela jovem Taynara Bruni.

Segundo Fernanda Gomes de Almeida, estudante de Serviço Social na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e integrante da coletiva, o documentário foi produzido sem nenhum apoio ou incentivo financeiro. "Foi tudo feito em casa, com muita luta em um processo muito doloroso porque a gente estava usando a nossa voz. Eu fico até emocionada de pensar nisso, porque a gente teve que tocar na nossa ferida".

Ela conta que o filme surgiu originalmente como uma atividade para retomar o caso de Luana, mas acabou reunindo outras histórias de opressão e violência. "Queríamos fazer a população relembrar o assassinato dela, motivado pela lesbofobia e por racismo. Não só como uma forma de alerta à população para as questões particulares das mulheres lésbicas, mas como uma denúncia ao Estado, que usa seu braço armado [polícia militar] para exterminar a população negra. A importância é fazer mulheres lésbicas periféricas negras saberem que a lesbofobia existe, e também que a gente não tem que ter medo, e sim denunciar", disse.

Caso

Luana foi abordada pela Polícia Militar (PM) no dia 13 de abril de 2016, na esquina de sua casa. Ao exigir ser revistada por uma policial feminina, foi agredida até sofrer traumatismo craniano. Na época, a divulgação de um vídeo na internet mostrando Luana visivelmente ferida e desnorteada levou o assassinato para conhecimento público.

O caso emblemático de truculência policial arbitrária lhe rendeu homenagens como a própria criação da Coletiva homônima. Entretanto, o caso foi arquivado em fevereiro deste ano pela Justiça Militar, que afirmou não existir materialidade para o crime. Desde então, o caso já foi desarquivado por pedido da promotoria de Justiça Estadual, e a Coletiva tenta pressionar para que seja julgado por Júri Popular na Justiça Comum.

Para Fernanda, o documentário "Eu sou a Próxima" serve também como denúncia do descaso da Justiça em relação ao assassinato de Luana. "A gente fez um documentário denunciando a Polícia e parte dos assassinatos de 2016, em que o Estado foi conivente, porque os assassinos não estão presos. A gente sabe que se fosse com outra classe, outras pessoas, não seria assim, e entende que nós, da coletiva Luana Barbosa, estamos correndo sérios riscos", afirmou.

Eu Sou a Próxima

Para a jornalista e ativista feminista negra Luka Franca, que estava presente no lançamento do documentário, ele tem como particularidade o incentivo à resistência. "Quando você termina de ver o filme a sensação é de luto, mas de ficar junto para lutar contra essa violência. É um filme muito denso e duro. Mas é preciso falar que matam a gente quando ninguém fala sobre a gente em lugar nenhum", denunciou.  

Já a dançarina e arte educadora Andreia Alves, que também assistiu à sessão, relatou que desde o assassinato de Luana passou a ter medo e se sentir impotente. "A ficha caiu quando a Luana foi assassinada, quando eu li que tinha sido uma mulher negra, lésbica e mãe, pensei: "essa pessoa sou eu". Eu passei a me olhar no espelho e me ver como uma pessoa que está correndo risco de morte. Eu acho que por isso o documentário é bastante necessário, porque ele diz que estamos sendo caçadas. É uma caça. E isso dá medo".

O objetivo da Coletiva Luana Barbosa é fazer com que o documentário circule por todo o estado de São Paulo e por diferentes estados do país. Por enquanto, ele já tem datas de exibição em cidades da Bahia, no Rio de Janeiro, em Franca e em Araraquara.

Editado por: Luiz Felipe Albuquerque
Tags: documentáriofeminicídiolesbofobiaracismoradioagência
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