17 DE ABRIL

MST realiza IV Jornada Universitária em defesa da reforma agrária em Uberlândia (MG)

Evento faz parte das diversas atividades do mês de luta pela terra

Uberlândia |
A jornada contou com mesas de debates sobre a luta pela terra, atividades culturais, roda de capoeira e com uma feira livre
A jornada contou com mesas de debates sobre a luta pela terra, atividades culturais, roda de capoeira e com uma feira livre - Divulgação

Nos dias 17 e 18 de abril o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), em parceira com o Laboratório de Geografia Agrária e o Levante Popular da Juventude, construíram a IV Jornada Universitária em defesa da reforma agrária. O evento teve o objetivo de debater a realidade rural dentro da universidade, que é um local de formação de opinião, mas secundariza o papel da extensão, priorizando a pesquisa e o ensino. Também reforçou a agricultura camponesa como maneira de produção de alimentos saudáveis. A jornada contou com mesas de debates sobre a luta pela terra, atividades culturais, roda de capoeira e com uma feira livre com produtos da reforma agrária. No último dia do evento os participantes fizeram um estágio de vivência no Assentamento Emiliano Zapata, seguido de uma roda de conversa no sítio Recanto do Sossego.

Entre os diversos temas debatidos durante o evento, destaque para a mesa-redonda “Os impactos da Reforma da Previdência (PEC 287) no campo”, que contou com representantes do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-Administrativos em Instituições Federais de Ensino Superior de Uberlândia (SINTET), da Associação dos docentes da Universidade Federal de Uberlândia (ADUFU) e da Associação Camponesa de Produção da Reforma Agrária (ACAMPRA), abordando as particularidades e de que forma essa reforma atingiria os trabalhadores rurais.

Estágio de Vivência

A vivência possibilitou que os participantes da jornada conhecessem a realidade dos trabalhadores que vivem em um assentamento da reforma agrária. Cerca de 40 pessoas passaram uma tarde conversando com os assentados e conhecendo mais a eu trabalho. Uma dessas pessoas é a estudante de ciências sociais Débora Borba, que destacou a importância da proposta: “não é só em uma palestra que a gente aprende as coisas, precisamos ir e vivenciar, conversar com cada trabalhador que mora lá, para só assim entender o que eles realmente passam”. Ela continua: “aprendi muito com eles, até pela questão de nunca ter vivenciado, a gente sabe um pouco sobre eles, mas não sente, não vê, é muito interessante ir lá e vivenciar, são experiências que te motivam”.

Abril Vermelho

A jornada faz parte das diversas atividades organizadas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra durante o mês de abril. Esse período é chamado de Abril Vermelho, como uma forma de homenagear os 21 trabalhadores sem-terra mortos no massacre de Eldorado dos Carajás, no dia de abril de 1996, no Pará.

Edição: Joana Tavares