28 de abril

Pilotos, co-pilotos e comissários de voo decretam estado de greve

Categoria avalia em nova assembleia, na quinta (27), se manterá paralisação contra reforma trabalhista

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Além de profissionais de voo, paralisação de sexta pode ter adesão de pessoal que atua em aeroportos
Além de profissionais de voo, paralisação de sexta pode ter adesão de pessoal que atua em aeroportos - FENTAC-CUT

Pilotos, co-pilotos e comissários de voo definiram em assembleias realizadas na segunda-feira (24) em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Brasília e Porto Alegre decretar estado de greve nos aeroportos. A informação é do Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA), que representa os profissionais que atuam em voo.

A categoria decidiu ainda fazer nova assembleia nas bases, na quinta-feira (27), para avaliar se as emendas propostas pelo SNA aos deputados na Câmara serão incluídas no texto da reforma trabalhista. O governo Temer tenta votar até amanhã na comissão especial o relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), para no dia seguinte levar à votação no plenário da Câmara o Projeto de Lei 6.787.

Outras duas categorias ligadas ao setor de aviação discutem adesão ao dia nacional de paralisações marcado para a próxima sexta-feira (28), também contra a reforma da previdência e as terceirizações.

Segundo a Federação Nacional dos Trabalhadores em Aviação Civil (Fentac-CUT), assembleias de aeroviários (profissionais que trabalham paras as companhias aéreas em terra, como pessoal de check-in, despacho de bagagem, venda de passagens e atendimento a passageiros) já decidiram por paralisações de 24 horas em Guarulhos e Recife, a partir de zero hora da sexta. Assembleias em outras cidades acontecem de hoje até quarta-feira (26).

Os chamados aeroportuários – profissionais não de companhias aéreas, mas de empresas que administram os aeroportos – ainda farão assembleias esta semana para decidir sobre a adesão à paralisação.

Emendas

O SNA (aeronautas) apresentou, por meio dos deputados Jerônimo Goergen (PP-RS) e Goulart (PSD-SP), emendas ao projeto que será apreciado pelo plenário hoje (25). A categoria resiste especialmente a alguns pontos do PL 6.787, como o que admite a possibilidade de trabalho intermitente, em que a empresa poderia chamar o contratado para trabalhos esporádicos e pagar apenas por trabalho realizado; possibilidade de demissão por justa causa de quem perder certificado médico (CMA) ou for reprovado em exame de revalidação; o fim da ultratividade, que preserva a validade de acordos coletivos até sua renovação; e que desobriga empregadores a negociar previamente com entidades sindicais pretensões de promover demissão em massa.

Edição: Rede Brasil Atual