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América Latina

Artigo: Anoitecer luminoso

O governo venezuelano respeita todas as leis democráticas, existe plena liberdade de organização e de comunicação

02.maio.2017 às 10h40
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h38
Recife (PE)
Marcelo Barros
Caracas, dia 19 de abril, chavismo marcha em defesa da soberania e da paz.

Caracas, dia 19 de abril, chavismo marcha em defesa da soberania e da paz. - Caracas, dia 19 de abril, chavismo marcha em defesa da soberania e da paz.

Em toda a América Latina, as pessoas de boa vontade e que amam a paz e a justiça se perguntam o que está acontecendo. Durante mais de uma década, a América Latina parecia menos injusta e menos desigual. Muitos países tinham governos que, mesmo sem ser socialistas, tomavam como prioridade a justiça e a igualdade social. Para isso, era importante libertar nossos países do colonialismo externo que nos aprisionava aos impérios do mundo e também diminuir as desigualdades sociais internas. Na Bolívia, Equador e Venezuela, novas constituições, discutidas e aprovadas por todas as camadas da sociedade, garantem os direitos  dos trabalhadores pobres, dos índios, dos lavradores e dos moradores de periferia. Em outros países, como Argentina, Uruguai, Paraguai e mesmo o Brasil, para conseguir governar, os setores mais progressistas tiveram de fazer acordos nem sempre fáceis com a elite. Não propuseram nenhuma reforma estrutural. No entanto, sob esses governos o povo também conseguiu algumas conquistas. A ONU reconheceu oficialmente que, na primeira década desse século, pela primeira vez, a pobreza diminuiu em toda a América Latina. Em vários países, como Bolívia, Equador e Venezuela, a FAO concluiu que não havia mais fome e a taxa de analfabetismo era praticamente zero. 

A partir de 2010, o império norte-americano derramou milhões de dólares na Sociedade Interamericana de Imprensa para garantir que os meios de comunicação fizessem uma campanha sistemática e sem trégua contra os governos considerados progressistas (nem precisava ser de esquerda). E quando alguns nem assim entravam em crise, as embaixadas norte-americanas garantiriam o financiamento de golpes parlamentares. Em Honduras, fizera um golpe militar (2009). No Paraguai, o dinheiro convenceu a maioria dos congressistas a decretarem o impedimento do presidente eleito Fernando Lugo (2011). Na Argentina, não foi preciso golpe. O dinheiro derramado permitiu a eleição de um aliado do império. No Brasil, conforme declaração do próprio Temer nos Estados Unidos: foi preciso tirar Dilma para garantir que os interesses do império pudessem ser salvos. 

Quem se guia pelas notícias da imprensa internacional e das agências que as repetem no Brasil, a Venezuela enfrenta um caos econômico, o povo passa fome e um governo ditatorial se impõe contra tudo e contra todos. Testemunhas e observadores enviados à Venezuela por organismos internacionais de Direitos Humanos atestaram que a situação econômica é difícil porque os comerciantes boicotam o governo e escondem alimentos para vendê-los pelo preço do dólar paralelo. No entanto, o governo respeita todas as leis democráticas, existe plena liberdade de organização e de comunicação e os programas sociais funcionam de forma melhor do que na maioria dos países do continente, inclusive no Brasil. Para quem acha que o império conseguiu acabar com tudo, é bom saber que a Bolívia continua o seu caminho e que o Equador acabou de eleger um presidente que continuará o caminho até aqui percorrido pelo governo de Rafael Correa. 

No México, desde que, em 1994, começou a rebelião zapatista dos índios em Chiapas, a vida das comunidades indígenas mudou muito.  Os índios tentaram diversos acordos de paz com o governo. Todos falharam porque o governo não respeitou nenhum. Muitos líderes foram assassinados. Um cai e outro segue o caminho até ser morto e substituído por outro e, assim, eles não perdem a esperança. Apesar de terem sofrido repressões terríveis e de que muita gente foi assassinada, os índios organizaram os caracóis, unidades organizativas com um governo próprio nas comunidades locais. E contra o que chamam "a preguiça do pensamento", organizam seminários e encontros de estudo a que chamam de "sementeiras". Nos anos de 2013 e 2014, a escolinha zapatista acolheu três mil jovens estudantes de diversos países, interessados em pensar uma política baseada na solidariedade e um modo de organizar a sociedade mundial a partir de baixo e dos  pobres. Pensam em apresentar uma mulher índia como candidata à presidente do México em 2018. Sabem que a chance de vitória é mínima, mas teriam o tempo de campanha para despertar o povo do México para um fato que eles expressam assim: "Já podemos escutar o som de um mundo que desaba. Escutem! Esse mundo é a sociedade, essa que vocês sustentam e acham que tem de se organizar desse modo. O nosso outro mundo (indígena) foi reduzido a pouco e vocês acham que está em ocaso. Vocês nos veem como um povo primitivo e atrasado. Mas, o nosso anoitecer nos levará à luz da ressurreição porque é feito de amor e de esperança". 

Que essa mensagem dos índios do México possam nos animar a continuar o caminho do amanhecer em busca de uma sociedade mais justa. Como diz o Fórum Social Mundial: "Um mundo novo é necessário. Juntos podemos torná-lo possível".  

*Marcelo Barros é monge beneditino, teólogo e assessor das comunidades eclesiais de base e movimentos sociais.

Editado por: Monyse Ravena
Tags: brasildefatopevenezuela
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