Educação

Estudantes da rede pública do Rio temem perder passe livre

Possibilidade aumentaria a evasão escolar

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Governo do estado pretendia manter o beneficio apenas para alunos da rede estadual, mas uma liminar manteve benefício
Governo do estado pretendia manter o beneficio apenas para alunos da rede estadual, mas uma liminar manteve benefício - Divulgação

Estudantes da rede pública do estado do Rio de Janeiro, ainda estão apreensivos em relação à possibilidade de perder o passe livre. O governo do estado pretendia manter o beneficio apenas para alunos da rede estadual a partir desta segunda, mas uma liminar da Defensoria Pública do Estado manteve o benefício. Segundo o órgão, cerca de 30 mil estudantes seriam prejudicados.

O aluno do terceiro ano do ensino médio do Colégio Pedro II da unidade de São Cristóvão, Luca Costa, de 17 anos, afirma que o passe livre é uma ferramenta importante para assegurar oportunidades de estudo iguais para todos.

"Como morador de Paquetá, eu tenho o passe livre na barca, mas teria que pagar os ônibus de ida e volta, sem falar nos dias em que preciso pegar mais de dois ônibus, Acho essencial, porque existem muitos alunos da rede federal, até mesmo aqui no colégio, que não têm condições de pagar uma ou duas passagens de ônibus por dia para vir para o colégio, e aí o direito de estudo do aluno fica comprometido por conta disso."

A estudante do segundo ano do ensino médio da mesma unidade do Colégio Pedro II, Ane Ferreira, de 16 anos, moradora de Colégio, zona norte, acha que o corte das passagens aumentaria o número de jovens que abandonam os estudos.

"Pelo Pedro II ser por concurso, gente de vários lugares entra pelo concurso para estudar aqui. Não são só pessoas de lugares próximos. Eu tinha um colega que era de Itaboraí, então são lugares longe, que pegam uns três, dois ônibus ara vir para cá. A questão do corte do passe livre torna maior a evasão escolar. Você cortar o passe livre é cortar o direito de estudar para esses estudantes"

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação disse que o governo do estado nunca custeou gratuidade municipal, somente a federal. Além disso, possíveis cortes anunciados são escolha da Fetranspor, Federação das Empresas de Transporte de Passageiros. Já a Fetranspor, afirma que obedecerá a decisão judicial e argumenta que apenas opera o cartão que contém o benefício. 

Edição: Radioagência Nacional