Paraná

Editorial

Governo Temer torna-se insustentável

Temer precisa sair e dar lugar à convocatória de novas eleições, para restabelecer a democracia no Brasil

Brasil de Fato | Curitiba PR |
Diante de um governo insuportável, é tempo de revolta, organização e mais greves
Diante de um governo insuportável, é tempo de revolta, organização e mais greves - Lula Marques

As denúncias que estouraram e envolvem de forma direta o governo de Michel Temer (PMDB) são a gota d´água. Temer precisa sair e dar lugar à convocatória de novas eleições, para restabelecer a democracia no Brasil.

Mesmo antes disso, a camarilha golpista já estava destruindo a economia. O Brasil soma, em 2017, 14 milhões de desempregados, resultado de escolhas de Temer (PMDB) na área econômica. A expectativa é de que a inflação se mantenha dentro da meta de 4,5%. Mas, na realidade, a produção industrial caiu 1,8% em março em relação ao mês anterior, o que é um dado preocupante.

O nível de destruição social do governo Temer abrange três períodos da história. Busca romper os primeiros direitos trabalhistas do período de Getúlio Vargas, nas décadas de 1930 a 1950. Quer acabar com os direitos sociais expressos, mais tarde, na Constituição de 1988. Também destrói o que foi positivo no período dos governos petistas: os ganhos salariais.

No plano internacional, o Brasil perde a influência e o poder sutil que construía, ficando outra vez de joelhos diante do Banco Mundial e de organismos internacionais que defendem políticas contrárias aos trabalhadores.

Por isso, a sociedade civil e os movimentos sociais fazem diversos atos a partir de hoje, prometem ocupar Brasília, no dia 24 de maio, para barrar as reformas que na verdade desmontam direitos e para impedir que uma possível queda de Temer se transforme em mais do mesmo. É inaceitável que sejam feitas eleições indiretas. O povo deve pressionar pelo seu direito à escolha.

Diante de um governo insuportável, é tempo de revolta, organização e mais greves. É tempo de recuperar a democracia: todos nas ruas por Diretas, já!

Edição: Brasil de Fato PR