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Abolição

“Sobre as mulheres negras pesa uma sociedade machista e racista”, diz militante

Juliana Cézar Nunes, militante do movimento negro, comenta a data do 13 de maio

19.maio.2017 às 13h11
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h39
São Paulo (SP)
Juliana Gonçalves
Marcha das Mulheres Negras em Brasília, no ano de 2015

Marcha das Mulheres Negras em Brasília, no ano de 2015 - Marcha das Mulheres Negras em Brasília, no ano de 2015

O mês de maio tem uma importante data para os negros brasileiros. No dia 13, celebra-se a abolição da escravatura. Juliana Cézar Nunes, integrante da Irmandade Pretas Candangas de Brasília e da Comissão dos Jornalistas pela Igualdade Racial no Distrito Federal (Cojira/DF), avalia que, ao  considerar o 13 de maio de 1988 como marco da abolição da escravidão no Brasil, se invisibiliza a participação dos negros na luta por liberdade. Nunes também é integrante da Comissão de Ética do Sindicato dos Jornalista do DF.

Leia a entrevista na íntegra.

Brasil de Fato: Os movimentos sociais negros repudiam o 13 de maio, pode explicar a razão?

Juliana Cézar Nunes: A data é marcada pelo ato institucional da princesa Izabel como se ela fosse protagonista da conquista da liberdade dos africanos e seus descentes. Esse falso protagonismo incomoda uma vez que houve várias pessoas negras que fizeram essa luta para o fim da escravidão e que permanecem invisibilizadas. Além disso, esse ato institucional foi permeado por influências internacionais e problemas comerciais que o país enfrentava por ser um dos últimos a ter mão de obra escrava. Após esse ato, não se seguiram outros para garantir a cidadania da população negra, pelo contrário, criaram-se outros instrumentos que aprofundaram a segregação da população negra. Por isso, o movimento negro fala sobre abolição inacabada.

Qual é o cenário da população negra hoje?

Nos mais variados aspectos, a população negra enfrenta o racismo institucional que estrutura a sociedade. Do nascer ao morrer, somos violentados e sofremos bastante ao longo da vida, na garantia de acesso à saúde, à educação, à terra. Há dificuldades nos mais variados aspectos da vida, com a enorme desvantagem de ser o alvo preferencial da violência do Estado. Para conter a revolta da população negra, pela falta de acesso ao serviço público, o Estado usa seu braço armado que vitima milhares de jovens negros. As mulheres negras são vítimas diretamente e por serem aquelas que arcam com uma família sozinha na ausência do pai, do irmão, do marido. É um conjunto de fatores que a gente vivencia que são frutos da escravidão e do racismo.

A situação da mulher negra nesse contexto é ainda mais fragilizada?

Sobre os ombros das mulheres negras pesa toda essa sociedade machista e racista. Ao longo de sua vida, ela vai sofrendo os mais variados tipos de violência racistas desde o aspecto simbólico, estético, até o concreto no acesso ao mercado de trabalho, ao sistema de saúde, nas escolas e o que chamamos de feminicídio de Estado. Ele que leva a mortes como a de Cláudia Ferreira da Silva [que foi morta após ser arrastada por um carro da Polícia Militar no Rio de Janeiro, em 2014], mais recentemente a de Maria Eduarda [estudante atingida por bala perdida dentro da escola em abril deste ano] porque não há um cuidado com elas e seus corpos. Se observarmos a forma como as mulheres negras vêm morrendo no Brasil, pode-se comparar com o que ocorria na época da escravidão por conta dos requintes de crueldade.

Tivemos avanços ao longo dos anos?

Sim, todos são frutos da luta do movimento negro e do movimento de mulheres negras, como as cotas raciais nas universidades. Construímos alguns mecanismos de denúncia do racismo e aspectos legais de amparo à luta dos direitos da população negra. Tudo isso, no entanto, é muito frágil, principalmente em momentos de retrocessos como esse em que vivemos. Vemos que os direitos das mulheres negras, por exemplo, são os primeiros a serem afetados. A sociedade se incomoda com os direitos conquistados, por exemplo, pelas trabalhadoras domésticas negras e como isso está também por trás das reformas trabalhistas e da Previdência. Por trás disso, está uma pergunta que a sociedade insiste a fazer que é: por que elas não fazem isso de graça? Por isso, voltando ao 13 de maio, é uma data histórica, mas uma data de luta contra um contexto que ainda nos violenta. É fundamental que as mulheres negras consigam se irmanar para criar espaços de fortalecimento.

 

Editado por: Camila Maciel
Tags: radioagência
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