Corrupção

Delação aponta mais de R$ 60 milhões pagos em propina a Aécio

Tucano teria ajudado a liberar créditos de mais de R$ 20 milhões de reais de ICMS para a holding J&F

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, senador Aécio Neves e o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, senador Aécio Neves e o governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin - Orlando Brito

Empresários da JBS disseram ao Ministério Público, em delação premiada, que pagaram pelo menos 60 milhões de reais em propina para o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais, no ano de 2014.
Aécio teria recebido os recursos para atuar em favor dos interesses da holding J&F.

Segundo o empresário Ricardo Saud, o tucano teria ajudado a liberar créditos de mais de R$ 20 milhões de reais de ICMS, o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços.

E de acordo com o empresário Joesley Batista, uma conversa gravada com Aécio Neves no dia 24 de março deste ano em um hotel em São Paulo comprova que o tucano também teria recebido R$ 2 milhões de reais em propina para aprovar a lei de abuso de autoridade e anistia ao caixa dois.

Por causa da delação, O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin, determinou a suspensão do mandato de Aécio, além de proibir a saída dele do país e qualquer comunicação com investigados ou réus.

O primo de Aécio Neves, Frederico Pacheco de Medeiros e a irmã do senador afastado, Andréa Neves, foram presos nessa quinta-feira (18) em operação da Polícia Federal.

Em nota, a assessoria de Aécio afirma que não existe qualquer ato dele como parlamentar ou presidente do PSDB que possa ter colocado qualquer empecilho aos avanços da Operação Lava Jato, e que, como presidente do partido, Aécio Neves foi um dos primeiros a apoiar a operação.

Edição: Radioagência Nacional