ESPORTE

Lei de incentivo ao futebol feminino é aprovada no Rio

Projeto determina criação de campeonatos e um Centro de formação de Atletas no estado

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O projeto, da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), quer estimular as mulheres de todas as idades que gostarem do futebol a praticar o esporte
O projeto, da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), quer estimular as mulheres de todas as idades que gostarem do futebol a praticar o esporte - Divulgação

Mesmo que o futebol feminino brasileiro e suas jogadoras sejam destaque internacional, o esporte ainda é pouco reconhecido no país. Entre os principais problemas está a falta de divulgação e o baixo investimento. Prova disso é que no Rio de Janeiro só existem dois clubes com times femininos: o Duque de Caxias e o Flamengo.

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A boa notícia é que essa realidade pode mudar nos próximos anos. Na última semana, a lei que cria uma política de incentivo ao futebol feminino no estado do Rio foi aprovada. O projeto, da deputada Enfermeira Rejane (PCdoB), quer estimular as mulheres de todas as idades que gostarem do futebol a praticar o esporte.

Para isso, determina que o futebol feminino deve fazer parte do esporte educacional, também que sejam criados campeonatos regionais e um estadual. “Além do talento e amor à camisa, é preciso investimento no esporte para as mulheres. Do mesmo jeito que tem para os meninos, deve ter para as meninas”, explica Enfermeira Rejane.

A lei ainda cria o Comitê de Fomento, que deverá buscar uma parceria com a Prefeitura do Rio para construir o Centro de formação de Atletas, em uma das instalações das Olimpíadas Rio 2016.

O texto da lei foi pensado em parceria com ex-atletas da associação Bola de Ouro. A maioria delas, que já disputou mundiais e Olimpíadas, está desempregada porque os poucos times que existem escolhem homens para serem treinadores e formar a comissão técnica. “Queremos garantir o espaço das mulheres no futebol e ajudar o esporte a crescer no país. Vamos fazer de tudo para essa lei funcione na prática”, afirma a ex-atleta, Marisa Nogueira.

Edição: Vivian Virissimo