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Uso de fitoterápicos cresce na rede pública de saúde

A busca por esses medicamentos no SUS cresceu 161% entre 2013 e 2015, segundo o Ministério da Saúde

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Apenas no Distrito Federal, no primeiro trimestre de 2017, 4.366 medicamentos extraídos de plantas foram fabricados
Apenas no Distrito Federal, no primeiro trimestre de 2017, 4.366 medicamentos extraídos de plantas foram fabricados - Arquivo/MDA
A busca por esses medicamentos no SUS cresceu 161% entre 2013 e 2015, segundo o Ministério da Saúde

Guaco, erva-baleeira, alecrim-pimenta. Com eficácia atestada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os fitoterápicos têm ganhado destaque nas unidades básicas de saúde.

Entre 2013 e 2015, a busca por esses medicamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) mais que dobrou: o crescimento foi de 161%, segundo dados do Ministério da Saúde.

Apenas no Distrito Federal, no primeiro trimestre de 2017, 4.366 medicamentos extraídos de plantas foram fabricados.

Os mais populares fitoterápicos são o guaco para tratamento de gripe, resfriado e infecções respiratórias; a erva-baleeira um anti-inflamatório que age em dores associadas a músculos e tendões; e o alecrim-pimenta, poderoso antisséptico.

De norte ao sul do Brasil, os fitoterápicos são usados para prevenção e tratamento de doenças comuns já que possuem eficácia comprovada.

Danilo Oliveira de Araújo, médico Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares no extremo sul da Bahia, faz parte do projeto chamado Saúde Popular e Agroecologia, realizado pelo movimento e a Fundação Fiocruz que resgata o conhecimento popular de utilização dos fitoterápicos.

"Os fitoterápicos têm uma questão cultural muito forte e varia de região para região do seu uso. Aqui em São Paulo vemos muito o uso do chá de guaco, que você prepara uma infusão e toma antes de ir dormir. Lá no Nordeste, eles utilizam muito a hortelã e o própolis para reforçar a imunidade no tratamento da gripe. E de uso nacional temos o limão", explicou.

Vale lembrar que os produtos fitoterápicos são remédios, que passam por uma rigorosa avaliação de segurança e eficácia em seres humanos, com uma concentração de ativos padronizada.

Edição: Anelize Moreira