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ENTREVISTA

Mães do Cárcere: histórias de gestantes que deram à luz em penitenciárias

Contradições, desafios e expectativas de quem gera um bebê dentro do sistema prisional

01.jun.2017 às 13h21
Belo Horizonte (MG)
Amélia Gomes e Rafaella Dotta
O livro traz análises sobre o sistema prisional e fotos tiradas durante as visitas ao local.

O livro traz análises sobre o sistema prisional e fotos tiradas durante as visitas ao local. - O livro traz análises sobre o sistema prisional e fotos tiradas durante as visitas ao local.

Como é a vida das mães encarceradas? “Elas vivem um contraditório. Ao mesmo tempo em que a criança ameniza a prisão, as mães sentem muita culpa”, avalia a psicóloga Diana Mara, que trabalha no Centro de Referência da Gestante Privada de Liberdade, em Belo Horizonte. Ela se refere às mães de crianças nascidas em penitenciárias e que tem a permissão de ficarem juntas durante um ano, segundo a lei 11.942/2009.

Os jornalistas Natália Martino e Leo Drumond acompanharam as histórias dessas mulheres por um ano e acabam de lançar o livro “Mães do Cárcere”. Além dos relatos de gestantes e mães, o livro traz análises sobre o sistema prisional e fotos tiradas durante as visitas ao local. Confira entrevista com a psicóloga Diana Mara, que acompanhou as idas de Natália e Leo ao Centro de Referência e trabalha com as gestantes e mães da instituição.

Brasil de Fato – O Centro atende a todas as mulheres do estado?

Diana Mara – Sim. Todas as gestantes que passam pelo sistema prisional mineiro têm que ser encaminhadas para o Centro de Referência da Gestante, em BH. Durante esses oito anos de existência, tivemos um número maior de mulheres vindas do interior do estado do que da região metropolitana. Hoje, por exemplo, temos 40 mulheres e mais da metade, talvez umas 25, são do interior.

Como é o tratamento à mulher gestante?

A privação de liberdade traz para a vida da pessoa uma série de consequências, e a grande questão é: quem é essa pessoa que chega até nós? Quando ela chega a ser presa, essa pessoa já teve muitas outras condições de vida sacrificadas. Ela não teve o apoio necessário da rede pública ou da família, alguma coisa falhou e ela acaba chegando no sistema prisional. Se já é difícil a privação de liberdade para uma pessoa que não está em uma situação de gravidez, imagina para uma gestante? A coisa fica mais pesada e difícil. 

Qual a principal diferença entre a detenção de um homem e uma mulher?

A privação de liberdade para a mulher é mais complicada porque toda a família acaba sendo atingida. O companheiro, se também não estiver privado de liberdade – porque existe um grande contingente de casos em que os dois estão – sofre junto e geralmente não consegue acompanhar a mulher durante esse período. Eles acabam terminando o relacionamento. Ao contrário das mulheres, que, quando os homens são privados de liberdade, continuam com seus companheiros. 

E os filhos dessas mulheres?

Na maioria das vezes eles ficam com a família: o pai, a avó materna, a avó paterna ou amigas. Quando a família não consegue ficar com aquela criança, ela vai para o abrigo.

Qual a importância de as mulheres ficarem com seus filhos até o primeiro ano de vida deles?

Primeiro, é direito da criança e é direito da mãe! Apesar de todo o sofrimento e tudo que a prisão tem de ruim, o direito da mãe e da criança ficarem juntos não pode ser tirado. Existem pesquisas que comprovam que esse primeiro contato mãe-filho é primordial para a estrutura emocional e física da criança. Na maioria dos casos, ela cuidou dos outros filhos, e por que que desse ela não vai cuidar? Porque ela está respondendo a um processo, porque ela foi condenada? Não! Apesar dessa situação, dessa condição, ninguém pode tirar dela o direito de amamentar e cuidar do bebê. 

As mães apresentam uma situação psicológica melhor quando estão próximas dos filhos?

Elas vivem um contraditório. Ao mesmo tempo que a criança ameniza a prisão, as mães sentem muita culpa. Por um lado, pelo filho estar na prisão com elas, por elas sentirem que eles estão “cumprindo pena” também, e, por outro lado, a culpa por estarem longe dos outros filhos. É uma situação bem delicada.

Depois de um ano a criança não pode mais permanecer no Centro. Como é a separação?

Eu sempre escuto essa pergunta: Como preparar para o momento da separação? Não existe receita, não existe fórmula. É um momento muito difícil para elas e para toda a equipe. A nossa forma de trabalhar é caso a caso, falando com uma por uma abertamente. Porém, o primordial é que essa separação não aconteça. No Centro temos um dado importante: quase 74% dessas mulheres vão embora com seus filhos. O que para mim justifica a existência desse programa. Se fosse ao contrário, se a maioria desses filhos tivessem que ser entregues para a família ou encaminhados para abrigo, não valeria a pena. 

Editado por: Joana Tavares
Tags: mulheres
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