Eleições

Frente Ampla por "Diretas Já" é lançada com apoio de diversos setores sociais

Movimento tem adesão de partidos, grupos religiosos, intelectuais, movimentos populares e centrais sindicais

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Organizações durante lançamento do fórum nesta segunda, em Brasília
Organizações durante lançamento do fórum nesta segunda, em Brasília - Lula Marques/Agência PT

Atualizada às 15h10 de 06/06 para acréscimo de informações

Partidos políticos de esquerda, movimentos populares representantes de diversos setores, centrais sindicais, religiosos, juristas, estudantes e Organizações Não Governamentais (ONGs) se reuniram nesta segunda-feira (5) em Brasília para lançar a Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já.

Em nota divulgada à imprensa, o grupo, que congrega entre seus integrantes um amplo espectro político da sociedade, considera que a manutenção do presidente golpista, Michel Temer (PMDB), na presidência do país ou sua substituição de maneira indireta pelo Congresso “significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas”.

O objetivo central da frente é somar-se ao protagonismo de artistas, intelectuais e da sociedade civil organizada no movimento em defesa de eleições “Diretas Já”, além de fortalecer a pressão sobre o Congresso para aprovar a Proposta de Emenda Constitucional 227/16, que visa alterar a Constituição para garantir a convocação de eleições diretas em caso de vacância do cargo de presidente da República até seis meses antes do fim do mandato.

Leia a íntegra da nota:

Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já

O Brasil atravessa uma grave crise política, econômica, social e institucional. Michel Temer não reúne as condições nem a legitimidade para seguir na presidência da República. A saída desta crise depende fundamentalmente da participação do povo nas ruas e nas urnas. Só a eleição direta, portanto a soberania popular, é capaz de restabelecer legitimidade ao sistema político.

A manutenção de Temer ou sua substituição sem o voto popular significa a continuidade da crise e dos ataques aos direitos, hoje materializados na tentativa de acabar com a aposentadoria e os direitos trabalhistas, as políticas publicas além de outras medidas que atentam contra a soberania nacional.

As diversas manifestações envolvendo movimentos sociais, artistas, intelectuais, juristas, estudantes e jovens, religiosos, partidos, centrais sindicais, mulheres, população negra e LGBTs demonstram a vontade do povo em definir o rumo do país.

Por isso, conclamamos toda a sociedade brasileira a se mobilizar, tomar as ruas e as praças para gritar bem alto e forte: Fora temer! Diretas já! E Nenhum direito a menos! O que está em jogo não é apenas o fim de um governo ilegítimo, mas sim a construção de um Brasil livre, soberano, justo e democrático.

As entidades abaixo-assinadas também se comprometeram com as seguintes resoluções:

I- Objetivos:

1) Fora Temer!

2) Diretas Já!

3) Contra as Reformas anti-populares, Nenhum direito a menos.

II- O que fazer em conjunto: ACORDOS FIRMADOS

1- Constituição de uma Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já. Recomendamos que em cada estado se articule as Frentes amplas pelas “Diretas Já”, com as forças populares correspondentes a nível nacional, e ampliando com todos/as que apoiam os objetivos políticos da FRENTE AMPLA.

2. Incorporar-se ao manifesto dos artistas que sintetiza a unidade dessa articulação, realizando uma ampla difusão, por todos os meios e fazer uma campanha de de coleta de assinaturas populares, em torno desse manifesto, como forma de popularizar o debate em torno da necessidade das DIRETAS JA, para recompor a democracia no país. (na próxima semana enviaremos o Manifesto, assim que os artistas o finalizarem, também será editado na forma de videoclip).

3. Fortalecer  e contribuir para a maior amplitude possível da Greve Geral, marcada por todas as centrais sindicais para o dia 30 de junho próximo.

4. Participar e apoiar a Frente partidária e parlamentar pelas Diretas Já, já constituída a nível do congresso nacional. Convidar novos partidos e parlamentares, e aonde for possível reproduzir nas assembleias legislativas estaduais.

5. Buscar o envolvimento dos Governadores progressistas na campanha pelas Diretas Já.

6 Construir comitês populares pelas Diretas Já em todos os setores da sociedade, nos estados, municípios e sobretudo bairros e locais de trabalho.

7. Construir um calendário de mobilização de massas unificado em todos os estados. Cada estado deve ir construindo a melhor datas e depois nacionalizaremos, para que tenhamos um processo permanente de mobilizações nas próximas semanas. Fortalecer os atos políticos e culturais que já estão em curso.

8. Aumentar a pressão dentro do Congresso para barras as Reformas que estão em debate e irão para votação.

9. Publicar o maior número possível de materiais didáticos, em linguagem popular sobre as Diretas Ja.

10. Realizar atos nas periferias das grandes cidades, como forma de levar o debate entre as camadas populares e trabalhadores.

11. Somar-se e Divulgar o Manifesto religioso em defesa das Diretas Já, que reúne o conjunto de organismos de igrejas de nossa sociedade.

12.Trabalhar a perspectiva de grandes atos de lançamento nos estados da Frente Ampla Nacional pelas Diretas Já.

III- Calendário  previsto, até o momento:

a) 8 de Junho - Lançamento da Frente Parlamentar Suprapartidária pelas Diretas - na Câmara dos Deputados

b) 11 de Junho – Ato Político Cultural por Diretas Já – Farol da Barra em Salvador -BA

c) 11 de Junho - Ato Show #PoaDiretasJá – Parque da redenção em Porto Alegre -RS

d) 16 de Junho - Ato politico pelas Diretas durante o CONUNE.  em Belo horizonte.MG

e) 19 de Junho - Ato pela Democracia e contra a violência no Campo- Belém-PA

f) 30 de Junho – Greve Geral

Recomenda-se ampla difusão, do MANIFESTO, e das resoluções  unitárias para toda militância e sociedade em geral.

Assinam:

Frente Brasil Popular – FBP
Frente Povo Sem Medo – FPSM
Centra Única dos Trabalhadores – CUT

Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais – ABONG
Associação das Mulheres Brasileira - AMB
Associação Nacional de Pós Graduandos - ANPG

Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho – ANAMATRA
Brigadas Populares
Central dos Movimentos Populares - CMP
Central dos Sindicatos Brasileiros - CSB
Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - CTB
Central Pública
Centro de Atendimento Multiprofissional - CAMP
Coletivo Quem Luta Educa/MG
Comissão Brasileira de Justiça e Paz da CNBB - CBJP
Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio - CNTC

Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação – CNTE
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino – CONTEE
Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos - CNTM
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura - CONTAG
Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB
Conselho Federal de Economia - CONFECON
Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil - CONIC
FASE Nacional
Fora do Eixo / Mídia Ninja
Fórum de Lutas 29 de abril/PR
Fórum Ecumênico ACT - Brasil
Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito
Frente de Juristas pela Democracia
Instituto de Estudos Socioeconômicos – INESC
Central Intersindical - INTERSINDICAL
Juntos
Koinonia
Levante Popular da Juventude
Marcha Mundial das Mulheres - MMM
Movimento Camponês Popular - MCP
Movimento dos Pequenos Agricultores - MPA
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra - MST
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto - MTST
Movimento Humanos Direitos - MHUD
Movimento Nacional contra a Corrupção e pela Democracia - MNCCD
Movimento pela Soberania Popular na Mineração - MAM

Movimento por uma Alternativa Independente e Socialista – MAIS
Partido Comunista do Brasil – PC do B
Partido Democratico Trabalhista

Partido dos Trabalhadores – PT
Partido Socialismo e Liberdade – PSOL
Partido Socialista Brasileiro – PSB
Pastoral Popular Luterana
Rede Ecumênica da Juventude - REJU
Rua Juventude Anticapitalista - RUA
Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo

Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo - Força Sindical
União Brasileira de Mulheres - UBM
União da Juventude Socialista – UJS
União Geral dos Trabalhadores – UGT
União Nacional dos Estudantes - UNE

Via Campesina Brasil

Edição: Vanessa Martina Silva