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Manobras ainda tentam conceder uma sobrevida para o presidente ilegítimo  

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Mais além do TSE, Temer pode virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF)
Mais além do TSE, Temer pode virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) - Antonio Cruz/ Agência Brasil
Chega de Temer, eis o grito que está na garganta de milhões de brasileiros

Chega de Michel Temer, eis o grito que está na garganta de milhões de brasileiros, que não se deixam engabelar pelo esquema Globo, que a todo o momento brada que a Constituição deve ser respeitada, ou seja, defende a realização de eleição indireta para a escolha do substituto do Presidente da República.

Uma pergunta que não quer calar e deve ser repetida a todo instante: qual a moral que tem as Organizações Globo para dizer que a Constituição deve ser respeitada quando ao longo da história brasileira das últimas décadas sempre apoiou golpes inconstitucionais atropelando os valores democráticos? É uma pergunta um tanto o quanto óbvia, mas como nos dias de hoje muitas vezes a obviedade não é cobrada, não custa nada a repetição como resposta a não divulgação do tema nos mais diversos espaços midiáticos conservadores.

Todas essas menções são mais do que pertinentes, sobretudo no momento que atravessa o país e particularmente na antevéspera de decisões importantes, a começar pela do Tribunal Superior Eleitoral nesta terça-feira (6).

Muito tem se especulado sobre o tipo de decisão a ser adotada por essa instância. O esquema para manter o golpista no cargo tem se movimentado nos bastidores e há quem diga que não sairá nenhuma resposta do TSE, porque Temer e seus advogados já incursionaram por lá.

Não será propriamente nenhuma surpresa se algum Ministro do TSE pedir vista do processo o que resultará no adiamento da decisão a ser atrasada até sabe-se lá quando. Com isso Temer pretende ganhar mais tempo até o Congresso votar as tais reformas defendidas diariamente pela mídia comercial conservadora.

Mais além do TSE, Temer pode virar réu no Supremo Tribunal Federal (STF) e seus seguidores tremem com a possibilidade do ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures, preso em Brasília, decidir abrir o bico e incriminar de vez o ocupante do governo federal. Não resta dúvida que o também ex-assessor especial de Temer tem muito a dizer, não só sobre a mala com 500 mil reais como segredos de bastidores envolvendo o ocupante ilegítimo do governo federal.

Mas se tudo der em nada, ainda restam os nove pedidos de impeachment tramitando na Câmara dos Deputados e que o patético presidente dessa Casa Legislativa, Rodrigo Maia procurará não levar adiante, porque está compromissado com o Palácio do Planalto. Ninguém mais duvida que Maia seja um aliadíssimo do golpista ocupante do governo federal e fará o possível e o impossível para evitar complicações ao correligionário.

Essa é a realidade brasileira, vergonhosa e ultrajante para os anseios populares. E, por isso, só há uma forma de evitar o pior. E o pior seria a manutenção de Temer no cargo ou a eleição pelo Congresso de um substituto. Na capital paulista neste último domingo (4) a receita iniciada em Copacabana na semana passada foi repetida com mais de 100 mil manifestantes pedindo a saída de Temer e a convocação imediata de eleições diretas presidenciais, sendo também correta a realização de eleições gerais, sobretudo pelo fato de o atual Congresso estar contaminado pelo poder econômico. O certo é que sejam realizadas eleições sem o financiamento empresarial, evitando assim a presença da JBS, Odebrecht, OAS e outras empresas do gênero que cobram a fatura por terem bancado as campanhas de parlamentares.

Resta então aguardar o desenrolar dos acontecimentos e continuar dando sempre o recado nas ruas, ou seja, que o atual governo golpista acabou mesmo, que a escolha do substituto só deve ser feita por pleito direto e ainda que as medidas adotadas pelo governo golpista sejam anuladas, o que poderia ser decidido por uma Assembleia Constituinte.

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