América Latina

Professores colombianos ocupam ruas de Bogotá após 26 dias de greve nesta terça (6)

Impasse começou quando os representantes do governo alegaram que não fariam qualquer proposta financeira

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Professores nas ruas de Bogotá, capital da Colômbia
Professores nas ruas de Bogotá, capital da Colômbia - Fecode

A greve da categoria dos professores, organizada pela Federação Colombiana de Educadores, que reúne mais de 330 mil trabalhadores no país, já completa 26 dias sem avanços na negociação. Nessa segunda feira, eles prometem uma grande mobilização na capital, Bogotá.

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O movimento dos professores tem sua origem na jornada nacional da categoria que aconteceu em fevereiro desse ano, na qual foi apresentada ao Ministério da Educação uma série de reivindicações. Para discuti-las foi instalada uma mesa de negociação no dia 9 de março. O impasse começou a se formar quando, durante as conversas com o governo, os representantes do Ministério da Fazenda alegaram que não poderia haver qualquer proposta financeira para os professores, por conta da situação fiscal do país.

Os professores reivindicam reajuste salarial, ganho real, e o pagamento de uma bonificação que tinha sido acordada em 2015 que até hoje não foi paga. Eles também querem jornada única, mudanças nas políticas educativas, melhorias na infraestrutura das escolas e mais agilidade na contração de serviços de saúde para os trabalhadores.

Apesar das divergências na mesa de negociação, e da negativa do setor da Fazenda, os professores concordaram em seguir negociando. Mas, ao não ver avanço no processo, a categoria decidiu deflagrar greve. 

A partir daí a Federação segue conversando com o governo, mas com os professores estão parados e realizando atividades massivas em várias capitais do país. 

Nessa terça-feira, dia 6, está sendo organizada uma grande mobilização na capital da república, Bogotá, e para lá os professores estão marchando em grandes levas, por todo o país.

A proposta da Fecode é tomar Bogotá e garantir que o governo apresente uma proposta aceitável. Até agora, pouca coisa tem avançado nas demandas gerais, nada nas questões salariais.

Edição: IELA