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Belo Horizonte

Artigo: As lições da vitória do ‘Ocupa Predinho’

“Do rio que tudo arrasta, se diz que é violento, mas ninguém diz violentas as margens que o comprimem” (Bertolt Brecht)

08.jun.2017 às 15h50
Belo Horizonte
Kerison Lopes
"A ocupação teve fim, mas seus efeitos ainda não podem ser medidos. Fica a lição para os jornalistas, gráficos e demais trabalhadores"

"A ocupação teve fim, mas seus efeitos ainda não podem ser medidos. Fica a lição para os jornalistas, gráficos e demais trabalhadores" - "A ocupação teve fim, mas seus efeitos ainda não podem ser medidos. Fica a lição para os jornalistas, gráficos e demais trabalhadores"

Nos últimos anos houve uma quebra de paradigma no jornalismo mineiro: os jornalistas se reconheceram como trabalhadores.

A palavra “imprensa” sempre maquiou as relações de trabalho nas empresas de comunicação, como se empregados e empregadores formassem um corpo único. Em Minas Gerais, nos últimos anos, os jornalistas vêm percebendo que têm interesses antagônicos aos dos seus patrões.

A greve nos Diários Associados, no final de 2015 e começo de 2016, foi um dos marcos desse processo.

Ela trouxe muitos benefícios diretos, como o pagamento do 13º e outros direitos, e também benefícios indiretos, ao mostrar à categoria a importância da luta e da mobilização.

Em períodos de golpe, como o atual, todos os canais institucionais estão fechados. O Planalto, tomado por uma quadrilha; o Legislativo, comandado por empresários e políticos corruptos, e também o Judiciário, formado por uma elite comprometida com o establishment.

Não resta, portanto, outro caminho aos trabalhadores senão se unir e lutar juntos. “Ocupa Predinho” é expressão dessa luta e da tomada de consciência dos trabalhadores da imprensa.

Há mais de um ano, mais de 100 trabalhadores – jornalistas, gráficos e empregados na administração – do jornal Hoje em Dia foram demitidos e não receberam seus direitos trabalhistas, nem mesmo os salários do mês vencido.

Mobilizações, passeatas e denúncias foram feitas pelos três sindicatos de trabalhadores, que lutam na Justiça para receber os valores devidos aos dispensados. Infelizmente, apesar de causa tão cristalina, ninguém viu a cor do dinheiro e alguns sobrevivem com  grandes dificuldades.

Ações na Justiça pediram a penhora da sede do jornal, bem mais valioso da empresa, como garantia de pagamento do passivo trabalhista, mas o prédio foi vendido à JBS.

Conforme confessou em delação à Procuradoria Geral da República o empresário Joesley Batista, a JBS comprou “predinho”, apelido cunhado pela própria empresa,  a pedido do senador afastado Aécio Neves (PSDB),  por cerca de R$ 17 milhões, como forma de fazer chegar o dinheiro às mãos do tucano.

Enquanto isso, os trabalhadores continuavam sem receber o que lhes era devido e a empresa alegava não ter dinheiro para pagá-los.

O que fazer diante de tanta injustiça?

Os trabalhadores decidiram ocupar o “predinho”, a antiga sede do jornal, que a esta altura já tinha trocado de donos e de endereço.

A ocupação faz parte da luta dos jornalistas, mas também das ocupações que vêm sendo feitas por trabalhadores sem-terra, sem-casa, da cultura e estudantes. E agora, dos locais de trabalho. Experiência similar foi vivida na Argentina recentemente pelos trabalhadores gráficos do jornal Clarín.

No dia 1º de junho, lideradas pelos três sindicatos e por diversos movimentos sociais, principalmente o MST, mais de 200 pessoas ocuparam a antiga sede do Hoje em Dia e realizaram atividades culturais e debates.

A repercussão no país e fora dele deu visibilidade à causa dos demitidos, que era desconhecida até mesmo por muitos colegas em Minas Gerais.
O objetivo principal foi alcançado: os patrões se sentiram acuados. Uma das partes, um dos grupos econômicos responsáveis pelo não pagamento dos direitos trabalhistas, aceitou quitar parte considerável da dívida em troca da desocupação.

Mais uma vez a luta dos trabalhadores chegou a um resultado concreto. É muito difícil que uma luta sindical tenha resultado em tão pouco tempo.

A ocupação teve fim, mas seus efeitos ainda não podem ser medidos. Fica a lição para os jornalistas, gráficos, empregados na administração e trabalhadores em geral. Para tomar as rédeas da história, temos que romper os limites dos gabinetes, dos tribunais e dos parlamentos, das instituições, enfim, e fazer a velha e boa luta de classes. Pois, como ensinou Marx, é ela que faz girar o motor da História.

*Kerison Lopes é presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.

Editado por: Frederico Santana
Tags: jbs
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