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Editorial | Greve geral para dizer não à reforma trabalhista

Ao contrário do que pregam os favoráveis à reforma trabalhista, a proposta não traz vantagens aos trabalhadores.

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Em Curitiba, 30 mil pessoas foram às ruas no último dia 28 de abril, durante greve geral; outra mobilização está marcada para dia 30
Em Curitiba, 30 mil pessoas foram às ruas no último dia 28 de abril, durante greve geral; outra mobilização está marcada para dia 30 - André Chaves

Já aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta de reforma trabalhista está em trâmite no Senado e pode ser consolidada no dia 28 de junho. Já foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos e ainda passará por outras duas comissões antes de ir a plenário para votação.

Ao contrário do que pregam os favoráveis à reforma, a proposta não traz vantagens aos trabalhadores. No momento de crise econômica, o governo ilegítimo de Temer (PMDB) aposta em medidas que aumentam a rotatividade nos empregos e a jornada de trabalho, a diminuição de salários, além de dificultar o ajuizamento de ações na justiça trabalhista.

Dentre as medidas propostas na reforma estão os acordos que prevalecem sobre a lei, ficando mais fácil ao patrão impor restrições de direitos: jornadas de trabalho indefinidas; diminuição da multa paga pelo não registro na carteira de trabalho; a chance de fazer horas extras no trabalho em tempo parcial, já com baixos salários; parcelamento maior das férias, entre outras.

Somente grande mobilização com greve geral, marcada para o dia 30 de junho, mostrará a insatisfação do povo brasileiro com as reformas e não deixará que esse ponto final dos direitos trabalhistas seja escrito.

Edição: Pedro Carrano