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Em desespero, Temer não esconde o toma lá dá cá para se manter no poder

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Michel Temer está tentando convencer deputados a brecarem a denúncia de corrupção passiva
Michel Temer está tentando convencer deputados a brecarem a denúncia de corrupção passiva - José Cruz/Agência Brasil
Seguem próximos a Temer, ocupando ministérios, Moreira Franco e Eliseu Padilha

O ocupante do Palácio do Planalto, Michel Temer, está tentando de todas as formas convencer deputados a brecarem a denúncia de corrupção passiva a ser julgada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que se for aceita levaria ao afastamento por 180 dias do presidente ilegítimo. Em seu lugar ficaria nada mais nada menos do que Rodrigo Maia, do Democratas, um político medíocre que só ocupa a presidência da Câmara dos Deputados, já ocupada pelo meliante Eduardo Cunha, como produto do momento que o Brasil está atravessando.

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Também, com o golpista Temer ocupando o posto que ocupa, tudo é possível no mundo político nacional, tendo ainda figuras de destaque por serem de confiança dele, como Geddel Vieira Lima e Henrique Eduardo Alves, presos, e Rocha Loures, recém saído da prisão por decisão do Ministro do STF, Edson Fachin. De quebra seguem próximos a Temer, ocupando ministérios, Moreira Franco, Eliseu Padilha, entre outros, que se não estivessem nos cargos atuais estariam seguindo a trilha de Geddel Vieira Lima e de Henrique Eduardo Alves.

O temor de Temer é que os presos e acusados decidam abrir o bico e incriminem meio mundo, a começar pelo ilegítimo. É nesse quadro que Temer tem procurado o mais rápido possível convencer deputados, através do toma lá dá cá, a defendê-lo e evitar que seja acusado e obrigado a responder na Justiça, junto com Rocha Loures e perder o mandato de vez, bem como ser condenado e ir para o xilindró.

Essa é a realidade atual que atravessa o Brasil e que o povo assiste estupefato o que aconteceu depois de pouco mais de um ano quando um golpe parlamentar, midiático colocou Temer no lugar da Presidenta Dilma Rousseff, deposta sob a acusação, não comprovada, de pedalada fiscal, não por corrupção passiva, formação de quadrilha e obstrução de Justiça, como acontece neste momento com o ocupante do Palácio do Planalto.

E o ilegítimo Presidente Temer ainda aparece em público com argumentos que não convencem mais do que 7% da população brasileira, como indicam as mais recentes pesquisas. Pode-se imaginar como reagiriam alguns jornalões e telejornalões se as acusações atuais contra Temer fossem contra Dilma Rousseff?

Mas Temer ainda conta com parte da mídia comercial conservadora que insiste na tese segundo a qual a economia brasileira está melhorando e assim sucessivamente. No exterior, por mais que se movam os apologistas da política neoliberal posta em prática pelo governo golpista, até os investidores que se movem atrás do lucro fácil estão com pé atrás. E isso por mais garantias que diariamente o Ministro da Fazenda Henrique Meireles tem oferecido, tanto em pronunciamentos no Brasil como no exterior.

A realidade fala mais alto do que as garantias de um governo ilegítimo que chegou ao fim, mas tenta de todas as formas seguir com apoios do gênero fisiológico objetivando consolidar de vez o projeto que inicialmente teve a denominação de ponte para o futuro, uma das maiores enganações da história brasileira dos últimos tempos e que se fosse disputar o voto dos brasileiros seria rejeitado, como aconteceu nas últimas quatro eleições presidenciais.

Resta então a esperança, que é a última a morrer, sobre a possibilidade segundo a qual depois da tempestade surge a bonança, que no caso seria a escolha de dignos representantes do povo brasileiro, tanto em âmbito da Presidência da República, como do Poder Legislativo, que revogariam as medidas de retrocesso social colocadas em prática pelo atual governo, cujo titular se for julgado de forma imparcial, não completaria o resto do mandato.

O problema que surge neste momento é como seria decidido o substituto? Por via indireta seria a continuidade da crise atual, possivelmente ainda mais agravada. Só resta, portanto, que a decisão seja do povo brasileiro e não de um Congresso como o atual, que poderia escolher até mesmo Rodrigo Maia ou algo do gênero, como já se especula.

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