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TRANSPORTE

Projeto de lei que proíbe dupla função de motorista será votado em agosto, no Rio

Essa votação teria acontecido no início de junho mas foi adiada por uma manobra do vereador Leandro Lyra (Novo)

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
O projeto de Reimont determina que é obrigatória a presença de profissionais diferentes nas funções de cobrador e de motorista
O projeto de Reimont determina que é obrigatória a presença de profissionais diferentes nas funções de cobrador e de motorista - Divulgação

O projeto de lei que proíbe a dupla função de motorista e cobrador deve ser votado na Câmara dos Vereadores do Rio logo depois do recesso parlamentar, em agosto. Essa votação teria acontecido no início de junho mas foi adiada por uma manobra do vereador Leandro Lyra (Novo). Ele apresentou um texto para substituir o projeto do vereador Reimont (PT), que pede o fim da dupla função, o tirando da pauta e fazendo com que a votação fosse adiada.

O episódio gerou revolta entre os rodoviários que acompanhavam a sessão na Câmara dos Vereadores. Depois da repercussão negativa, Leandro Lyra resolveu tirar sua proposta do debate. Dessa maneira, o projeto de Reimont que pede o fim da dupla função será discutido pela segunda e última vez na Câmara, quando os vereadores voltarem do recesso do meio do ano.

"A retirada do projeto de Leandro Lyra é uma oportunidade para acelerar a votação do fim da dupla função dos motoristas e o retorno dos cobradores aos seus postos de trabalho. Precisamos acabar com a insegurança nas viagens e preservar a vida de passageiros, motoristas e pedestres", explica Reimont.

O projeto de Reimont determina que é obrigatória a presença de profissionais diferentes nas funções de cobrador e de motorista em ônibus e microônibus utilizados como veículos de transporte coletivo no Rio.

Já o texto que tinha sido apresentado por Lyra propunha que as empresas que praticam a cobrança através de bilhetes eletrônicos pudessem adotar um regime de diferenciação tarifária e praticar a dupla função. Dessa forma, as empresas de ônibus poderiam trabalhar com dois tipos de tarifas: uma no bilhete eletrônico e outra em dinheiro, com preço cerca de 8% mais caro.

Edição: Vivian Virissimo