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Entrevista

Central sindical do Paraguai denuncia governo por perseguição e prisão de opositores

“Modelo de Cartes é de violência, fome e miséria”, afirma Bernardo Rojas

07.jul.2017 às 18h39
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h39
São Paulo (SP)
Leonardo Severo
Presidente da Central Unitária de Trabalhadores do Paraguai (CUT-Autêntica), Bernardo Rojas

Presidente da Central Unitária de Trabalhadores do Paraguai (CUT-Autêntica), Bernardo Rojas - Presidente da Central Unitária de Trabalhadores do Paraguai (CUT-Autêntica), Bernardo Rojas

Em visita à sede nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (3), o presidente da Central Unitária de Trabalhadores do Paraguai (CUT-Autêntica), Bernardo Rojas, fez uma contundente denúncia sobre os desmandos do presidente da República de seu país, Horacio Cartes.

Ele o acusa de reproduzir os passos do general Alfredo Strossner, que conduziu uma sanguinária ditadura pró-EUA entre 1954 e 1989. “O modelo de Cartes é de violência, fome e miséria”, sintetizou.

Abaixo, a íntegra da entrevista.

Brasil de Fato: Como se encontra o Paraguai neste momento?

Bernardo Rojas: Vivemos um momento extremamente grave, particularmente para os trabalhadores e para o sindicalismo que busca garantir direitos, se confrontando com o governo de Horacio Cartes, que aprofunda a violência, o desemprego, a fome e a miséria. Segundo os próprios dados oficiais, tivemos um aumento da pobreza no campo e na cidade. São dois milhões dos cerca de sete milhões de habitantes passando fome, num país com terra abundante. Temos um salário mínimo que é a metade do que precisaria ser para atender as necessidades básicas, oito em cada 10 trabalhadores encontram-se jogados na informalidade e apenas 18% dos assalariados possuem seguro social. Mesmo quando a economia cresce, ela permanece altamente concentrada. Infelizmente, é um governo para os sojeiros – que não pagam imposto, para os banqueiros e para os reis do gado.

Qual a situação do movimento sindical?

Cartes já declarou que vê os sindicatos como inimigos do desenvolvimento e que por isso temos de ser combatidos, perseguidos e presos, assim como todo e qualquer movimento opositor. Há muitos dirigentes sindicais demitidos com o apoio do Ministério do Trabalho, que dá todo respaldo às empresas. Não se registra, não se legaliza os sindicatos, para que os trabalhadores fiquem sem representação e sem direitos. Temos o exemplo do frigorífico da JBS em Santo Antônio, município que fica a 30 quilômetros da capital. Houve uma reunião clandestina no final de semana para preparar a formação do sindicato. Assim que os companheiros chegaram, bem cedo, segunda-feira, todos foram demitidos, com exceção do alcaguete. O ministro tem dado respaldo a essas absurdas perseguições, pelo que inclusive foi denunciado recentemente e incluído na lista de 24 casos que serão investigados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) por graves violações.

Há denúncias de que o governo cooptou um setor do sindicalismo…

Infelizmente, sim. Temos uma Plenária Nacional que atua de forma coordenada em defesa dos direitos sociais e trabalhistas. Além da CUT-A, compõem a Plenária a CCT, a CESIT-P, a CONAT, a CNT Legítima e a Fenaes, organização dos estudantes. Do outro lado, respaldam as medidas do governo quatro pequenas centrais, na contramão dos interesses da classe trabalhadora.

Como está a resistência dos demais movimentos?

Como a criminalização dos movimentos sociais é uma realidade, a resistência também se multiplica. Temos a prisão de Stiben Patrón, jovem liderança que busca um país mais justo e democrático, assim como dos camponeses de Curuguaty, que lutam pela reforma agrária. Stiben foi preso enquanto portava um recipiente com vinagre para se defender das bombas de gás lacrimogêneo atiradas pela polícia. O acusam de portar um coquetel molotov. Fui visitá-lo recentemente, está trancado em uma penitenciária de segurança máxima por divergir do governo. É preso político de um governo que só traz violência, pois atende aos interesses do narcotráfico, do contrabando e da lavagem de dinheiro, como é o caso do Banco Amambay. Há muita pressão neste momento pela libertação de Stiben, inclusive com acampamento em frente à casa do juiz, colagem de cartazes e distribuição de panfletos. Temos também o caso recente de um casal de jornalistas crítico de Cartes. Os dois foram ameaçados de serem enviados para a prisão e isso só não aconteceu pela mobilização da opinião pública.

Qual a sua avaliação sobre as eleições do ano que vem?

Na atualidade não há um candidato visível para a esquerda. O acordo de Lugo com Cartes no parlamento representou uma bofetada no nosso povo e vai custar caro à Frente Guasu, que até então era vista como a alternativa popular. Indignados com a proposta de rasgar a Constituição e aprovar a reeleição, defendida por Cartes, manifestantes puseram fogo numa parte do Parlamento, deixando claro a oposição à medida e a crescente pressão contrária. Agora temos Cartes, que é o neoliberalismo com violência, e um setor do Partido Liberal que reivindica a ditadura e a continuidades das privatizações, com Mario Benitez, filho de um strossnista. É um momento bastante delicado para o movimento popular e que necessita, mais do que nunca, de unidade e mobilização.

Editado por: Camila Rodrigues da Silva
Tags: entrevistaparaguai
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