Rio de Janeiro

FUTEBOL

Longe da violência, torcidas cariocas querem mostrar o que há de melhor em torcer

Quatro grandes times do Rio contam com as torcidas conhecidas como barras, entre elas, a Nação 12 do Flamengo e Bravo 52

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Essas torcidas têm inspiração nas “Barras Bravas”, um movimento de torcedores muito comum na América do Sul
Essas torcidas têm inspiração nas “Barras Bravas”, um movimento de torcedores muito comum na América do Sul - Divulgação

Distantes dos episódios de violência, as torcidas organizadas conhecidas como “barras” no futebol brasileiro querem mostrar o que há de melhor em torcer: exaltar o time do coração. A ideia é estar no estádio para apoiar seus times independente do resultado na partida. Hoje, os quatro grandes times do Rio de Janeiro contam com as barras nas arquibancadas. Entre elas, a Nação 12 do Flamengo, a Bravo 52 do Fluminense, a Guerreiros do Almirante (GDV) do Vasco e a Loucos pelo Botafogo do time alvinegro.

Essas torcidas têm inspiração nas “Barras Bravas”, um movimento de torcedores muito comum na América do Sul, conhecido por apoiar os clubes com músicas intermináveis, realizando verdadeiras festas nas arquibancadas, geralmente, localizadas atrás dos gols.

Para Diego Lima, liderança da Nação 12, torcer é ser apaixonado e apoiar incondicionalmente o clube. “Além disso, pensamos que é importante se manifestar por questões de interesse do torcedor, como o preço dos ingressos, e também para sociedade como um todo. Já nos manifestamos contra o racismo, violência contra a mulher, contra a homofobia. Para torcer não é preciso apelar para o preconceito”, explica.

Sobre os episódios de violência envolvendo as torcidas organizadas, Diego é enfático. “A violência só tem dois caminhos: a prisão ou o cemitério. E torcer pelo time não tem nada a ver com isso. É importante mostrar isso para as pessoas, então, de certa forma colaboramos para conter a violência. Mas é preciso deixar claro que a violência no futebol não é um problema de torcidas organizadas e, sim, um problema social”, conclui.

Edição: Vivian Virissimo