Fora Temer

No Rio de Janeiro, ato contra Temer reuniu estudantes e trabalhadores

Ato aconteceu na Cinelândia, tradicional reduto carioca de resistência, para denunciar a perda de direitos

Rio de Janeiro |

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Para manifestantes, não há condições de Temer permanecer no poder
Para manifestantes, não há condições de Temer permanecer no poder - Raquel Júnia

Movimentos Sociais, estudantes e servidores estaduais que estão amargando a crise do Estado do Rio se reuniram nesta quarta-feira (02), na Cinelândia, região central da cidade, para exigir a saída do presidente Michel Temer (PMDB).

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Denise Adriana Ferreira, do Movimento Internacional de População em Situação de Rua, conta porque atendeu o chamado para participar da manifestação.

“Eu vejo o governo Temer como um governo que tem muitos cortes sociais, inclusive eu mesma era para estar na minha casa e não estou, pelo Minha Casa Minha Vida. Também uso uma medicação para asma que está faltando. E não sou só eu que estou sofrendo, nós temos visto aí os aposentados indo morar em abrigos, os professores não recebem seus salários”, protesta.

Para o estudante de Filosofia da Universidade Federal Fluminense, Rogério Nascimento, não há condições para que Temer continue na presidência.

“Sou contra o Temer, Fora Temer! Ele está tirando os direitos dos trabalhadores, da população em geral, nós queremos mais direitos e não menos direitos”, afirma.

A professora da Rede Estadual de Educação, Paula dos Santos, acrescenta que o Brasil retrocedeu e que no Rio, há servidores passando fome.

“Tínhamos erradicado a fome, e agora a fome está voltando. As pessoas tendo que buscar uma sacola com arroz e feijão, um absurdo”, destaca, lembrando também da crise do Rio que está deixando milhares de servidores sem salário.

Os manifestantes acompanharam a votação no Congresso pela admissibilidade da investigação contra Temer por meio de informes passados pelo carro de som durante o ato. Para a secretária geral da CUT , Keila Machado, o momento também ensina sobre a necessidade de potencializar a participação política.

“Agora a gente já pode eliminar esses mais de 300 bandidos. A população não pode mais votar em quem votou a favor da terceirização, a favor da reforma trabalhista”, reforça.

O ato contou com a presença também de sindicatos, da União Nacional dos Estudantes, partidos políticos de esquerda e diversas movimentos que fazem parte da Frente Brasil Popular. 

Edição: Camila Salmazio