Imperialismo

Evo Morales: Venezuela é estratégica no desejo dos EUA de recolonizar América Latina

Para presidente da Bolívia, interesse se deve à enorme reserva de petróleo venezuelana, a maior do mundo

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"Estamos perante um momento especial e um palco complexo", opinou o governante em ato
"Estamos perante um momento especial e um palco complexo", opinou o governante em ato - Jose Lirauze/ABI

O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta segunda-feira (7) a Venezuela é o "elo estratégico" na tentativa dos Estados Unidos de "recolonizar" a América Latina e o Caribe.

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"Estamos perante um momento especial e um palco complexo. O império empreendeu a grande batalha para recolonizar a América Latina e o Caribe, e a Venezuela é o elo estratégico", afirmou Morales em um ato com militares, indígenas e camponeses no planalto de La Paz, por ocasião do 192º aniversário das forças armadas.

Para o governante boliviano, aliado de Nicolás Maduro, "a Venezuela é um elo estratégico" para os EUA porque "possui a maior reserva de petróleo do mundo."

"Domínio geopolítico e energia petrolífera é o que o império procura na Venezuela. Primeiro derrubar, depois dominar e depois apossar-se do petróleo venezuelano", opinou.

"O pretexto é o mesmo de sempre: democracia, direitos humanos, terrorismo, tudo com o mesmo verniz, a mesma comédia midiática que [os EUA] usam desde sempre para se apropriar dos recursos naturais", disse o presidente venezuelano.

Segundo Morales, "a pior vergonha para a região" não é só que "alguns governos" se ponham "de joelhos perante a conspiração da CIA contra a Venezuela", senão que "alguns dirigentes antipátria façam os penosos papeis de Felipillos e Malinches".

O nome Felipillo é uma referência ao indígena que acompanhou os conquistadores espanhóis Francisco Pizarro e Diego de Almagro nas suas expedições ao Peru, enquanto Malinche foi a mulher indígena, companheira e tradutora do conquistador Hernán Cortés, considerada uma traidora por alguns.

(*) Com Agência Efe.

Edição: Opera Mundi