Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Bem viver Cultura

Literatura

Miró da Muribeca lança seu 11º livro celebrando a cultura marginal

"Meu filho só escreve besteira", é o título que ganhou as ruas do Recife

14.ago.2017 às 10h43
Atualizado em 03.jun.2025 às 10h12
Recife (PE)
Vanessa Gonzaga
O lançamento do livro aconteceu no Teatro do Mamulengo, no Recife Antigo

O lançamento do livro aconteceu no Teatro do Mamulengo, no Recife Antigo - Priscilla Buhr / Divulgação Facebook

No último domingo, o Teatro Mamulengo, no Recife Antigo, foi palco da cultura popular pernambucana. No dia do seu aniversário de 57 anos, o poeta Miró da Muribeca lançou seu 11º livro, “Meu filho só escreve besteira”. De produção independente e limitada, com 100 exemplares, o livro é um envelope de papel pardo com cada capa feita à mão pelo poeta com 17 poemas descartáveis sentimentalmente, como disse Miró. “É o meu terceiro livro nesse formato e eu costumo dizer que ele não é egoísta, por exemplo, você sente vontade de distribuir, e daqui a pouco esse livro não é mais seu, ele vai embora pro povo”.

Com microfone aberto, a Rua da Guia foi ponto de encontro do Maracatu Várzea do Capibaribe e outros poetas e poetisas que se valeram do microfone aberto para um recital em conjunto com o aniversariante, que vinha sendo cobrado pelos leitores para lançar algo novo. “Mas aí eu queria fazer alguma coisa, tá muito perto [do aniversário], então voltei aos envelopes, um livro original feito por mim, vendido por mim”.

A fila montada na sessão de autógrafos confirma o espanto de Miró ao ver a quantidade de jovens procurando poesia de rua, coisa que ele afirmava ser rara quando era jovem e se tornou a exceção da regra: criado pela mãe solteira, negro, pobre, da periferia e que faz uma poesia que furou o cerco e ultrapassou a Muribeca, chegando a países como a Argentina. Em 2015, foi um dos homenageados da Bienal do Livro de Pernambuco, junto com Luzilá Gonçalves Ferreira e Ascenso Ferreira.

O título do lançamento, “Meu filho só escreve besteira”, escrito de pincel cuidadosamente em cada capa de papel pardo faz referência a mãe, que não entendia muito a poesia do filho e ao invés de poeta, o intitulava como um fofoqueiro da rua. “Quando ela foi embora, cinco dias antes de ir me chamou no quarto e disse que eu cuidasse da única coisa que sei fazer. Porque ela não gostava e nem entendia, mas tinha quem entendia, gostasse e comprasse”.

Pela poesia que transborda os livros com crivo de editoras e está nas ruas, na internet e a qualquer momento pronta para ser dita, ele também se considera um poeta popular, forjado no fim da década de 70, com a poesia marginal. Se nunca teve a oportunidade de estudar numa universidade por admitir que não gostava de estudar, Miró foi objeto de estudo na Academia com a poesia que é entendida da camareira ao engenheiro, como ele observa.

Se no papel versos como “Todos os dias o ônibus de Deus vem buscar alguns” nos incita a reflexão sobre pequenezas da vida urbana, a performance do poeta impressiona. Ele se orgulha de ser, segundo ele mesmo, o único escritor a vender 5 livros enquanto passava numa ponte. Miró é uma raridade nas livrarias até mesmo de sua cidade natal, pela produção independente e por se incumbir da tarefa de vender os livros enquanto recita versos nas ruas e ônibus da cidade.

O gosto pela escrita veio com Maurício Silva, que indicava autores como Drummond, Chacal, Leminski, Cida Pedrosa e lhe instigou a escrever o primeiro poema, quando tinha 24 anos. A inspiração para recitar veio de longe, com o amigo Manuca Almeida, de Juazeiro da Bahia, com quem viajou por 5 cidades vivendo da venda dos livros e da generosidade de desconhecidos. Miró já passou por São Paulo e Teresina, mas é na capital pernambucana que vive e vê a poesia saltar das ruas, UTI’s e até cemitérios.

Ele,que se define um misto de cronista, alegrista e poeta tem uma relação íntima com as ruas do Recife. Apesar de hoje viver no Hotel Central, no bairro da Boa Vista, sempre fez da rua sua casa e matéria prima principal. Após “aDeus”, um livro com reflexões sobre a morte e o período em que foi internado, “Meu filho só escreve besteira” intercala a brincadeira com as paixões cotidianas e leves com reflexões curtas e mais aprofundadas. “Esse livro é um tapa na bunda do ‘aDeus’, que é bom, que vende até hoje, é mais vendido, mas agora eu quero dizer umas coisas mais hilárias.

Editado por: Monyse Ravena
Tags: culturaliteraturalivropernambuco
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

barco sequestrado

Israel começa a deportar ativistas da Flotilha da Liberdade detidos em águas internacionais; Greta Thunberg deixou o país

Floresta Viva

UnB sedia Fórum Internacional sobre a Amazônia com foco nos direitos de povos tradicionais

POLÍTICA TRIBUTÁRIA

Mudança no IOF vai implicar em taxação do agro e do setor imobiliário

Palestina livre

Brasília, cidade de ativista brasileiro sequestrado por Israel, realiza ato no Palácio do Planalto

EDUCAÇÃO PÚBLICA

Camilo Santana anuncia financiamento de cursinhos populares em SP em ato que denunciou desmonte do ensino

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.