Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

Reforma agrária

TJ de Goiás adia decisão que beneficiaria mais de 600 famílias sem terra

Ação envolve área de Usina desativada pertencente a grupo que deve mais de R$ 1 bilhão à União

22.ago.2017 às 16h39
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h40
Brasília (DF)
Rafael Tatemoto
Famílias sem terra ocuparam área da usina Santa Helena diversas vezes; a última foi em 2016

Famílias sem terra ocuparam área da usina Santa Helena diversas vezes; a última foi em 2016 - Reprodução/MST

A Segunda Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) adiou uma decisão que poderia concretizar o acesso à terra de ao menos 600 famílias sem terra. O posicionamento deveria ter ocorrido na sessão de julgamento desta terça-feira (22). 

Em ação, a União pede que a propriedade de parte das terras – 5 mil hectares – onde se localiza a Usina desativada Santa Helena, em Anápolis, fosse transferidas ao Estado brasileiro por conta de dívidas. O grupo econômico que detém o local é um dos dez maiores devedores do país, tendo um débito superior a R$ 1 bilhão de reais. 

Carlos Alberto França, desembargador e relator do processo, afirmou que o caso apresenta alto grau de complexidade e adiou seu voto para “aprofundar a reflexão”. 

Caso o Tribunal acatasse o pedido da União, os terrenos poderiam ser destinados para fins de reforma agrária. O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) atualmente ocupa parte da área, onde organiza o acampamento Leonir Orback, que tem cerca de um ano de existência e já apresenta produção de alimentos.

Gilvan Rodrigues, integrante da direção nacional do movimento no estado, diz que a empresa, ao obter crédito de bancos públicos sem retorno, tem um débito com o povo brasileiro.

"A Usina pegou dinheiro emprestado e não pagou. Nós ocupamos na perspectiva de reivindicar as terras para a reforma agrária”, disse. 

A adjudicação de terras de empresas de entes devedores é uma novidade no debate da reforma agrária, e vem sendo debatida como modelo alternativo às desapropriações. Cleuton César Ripol de Freitas, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), reforça a dimensão social do caso goiano, que, para ele, pode representar um novo paradigma. 

“É um caso gritante. Existe um débito altíssimo com a União, ou seja, com o povo brasileiro. Recuperação judicial não significa isenção da sua responsabilidade no pagamento da tributação, muito pelo contrário. Fica a indagação: qual a função social que esta empresa vem dando? Ao longo de toda sua história, ela é eivada de fraude”, pontuou.

A assembleia de credores da Usina deve se reunir nesta quarta-feira (23). O MST organiza uma marcha em Anápolis na mesma data mantendo a reivindicação pelo reconhecimento da adjudicação por parte dos credores. 

Entenda o caso

A Usina Santa Helena passa por longo processo de recuperação judicial – antes conhecido como concordata – há cerca de uma década. O plano de reestruturação sequer foi aprovado.

A empresa, pertencente ao grupo Naum, tem diversas dívidas, como trabalhistas e tributárias. Parte delas se referem a empréstimos contraídos junto a bancos públicos.  A companhia recebeu mais de R$ 700 milhões, por exemplo, do Banco do Brasil. 

A Procuradoria da Fazenda Nacional, em processo de execução fiscal na Justiça Federal em Anápolis, reivindicou a adjudicação, o que foi acatado pelo juízo, com o objetivo de repassar as terras ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). A Usina, entretanto, recorreu. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) anulou a decisão, apontando que esta caberia ao juiz responsável pelo processo de recuperação judicial, na Justiça estadual. 

O juiz estadual não reconheceu a adjudicação. A Procuradoria, então, recorreu ao Tribunal de Justiça. 

A defesa da Usina, que não esteve presente na sessão desta terça-feira, afirma no processo que a execução fiscal promovida pela União rompe a ordem de preferência dos credores na recuperação judicial. 

O procurador da Fazenda Valter Ventura Vasconcelos Neto contesta a alegação da defesa, dizendo que o processo é marcado por irregularidades:

“No caso, é preciso fazer uma distinção entre recuperação judicial e falência. Na falência, os créditos tributários já vencidos realmente não estão na primeira posição na ordem de preferência. Na recuperação, por outro lado, inclusive é uma premissa para que ela seja deferida a regularidade fiscal, que não existe nesse caso. A Usina nunca entrou no sistema de parcelamento previsto em lei”, disse.

Vasconcelos ressalta que o STJ vem entendendo como possível a execução fiscal quando não há regularidade no processo de recuperação, e ressalta que o “intuito do legislador não é socializar prejuízos individuais”. 

A companhia demandou a reintegração de posse contra os sem-terra acampados na área desde 2016, mas o TJ de Goiás suspendeu a medida até que a questão da adjudicação seja resolvida. 

Editado por: Simone Freire
Tags: goiásmstradioagência
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Segurança Pública

Tarifa na segurança pública do Paraná é privatização de direitos fundamentais

DIÁLOGO

Lula visita Mariana (MG) para celebrar avanços da repactuação do Rio Doce, nesta quinta (12) 

DESMONTE

Com defasagem salarial em 85%, servidores do meio ambiente de MG ameaçam entrar em greve

MOBILIZAÇÃO

Lideranças populares de MG se preparam para plebiscito sobre fim da escala 6×1 e isenção do IR

BENEFÍCIO FISCAL

R$ 158 bi em isenções: ‘estamos patrocinando o agro’, diz Haddad a deputados

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.