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Presidente da Petrobras foi convocado para realizar o que FHC não conseguiu

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Pedro Parente ocupou a chefia do Ministério de Minas e Energia exatamente no período do apagão
Pedro Parente ocupou a chefia do Ministério de Minas e Energia exatamente no período do apagão - Divulgação
Pedro Parente é defensor incondicional das privatizações de estatais

Pedro Parente, que preside a Petrobras desde que tomou posse em 1 de junho último, foi uma figura destacada no governo de Fernando Henrique Cardoso, tendo exercido a função de Chefe da Casa Civil, de janeiro de 1999 a janeiro de 2003, e também ocupado o cargo de Ministro do Planejamento e ainda a chefia do Ministério de Minas e Energia, exatamente no período do apagão. Por isso passou a ser mais conhecido como “ministro do apagão”, período em que o Brasil enfrentou um rigoroso racionamento no setor de energia elétrica.

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Figura da mais estrita confiança do então Presidente Fernando Henrique Cardoso, Parente sempre defendeu ardorosamente a política econômica do chefe, sendo também defensor incondicional das privatizações de estatais ocorridas então. Não foi à toa, portanto, que o golpista Michel Temer o convocou para presidir a Petrobras. Naturalmente se manifestou em várias ocasiões em favor do regime de concessão para a exploração das riquezas petrolíferas do pré-sal, ajudando a sepultar o regime de partilha, que fortalecia a Petrobras na exploração das reservas de petróleo descobertas na época do governo de Luis Inácio Lula da Silva.

Com ascensão de Parente, o atual governo se sente fortalecido para levar adiante a privatização do setor petrolífero, que FHC não consegui devido sobretudo a reação popular encabeçada pelos trabalhadores do setor petrolífero.

Com total apoio da mídia comercial conservadora, que nunca aceitou a criação pelo então Presidente Getúlio Vargas da Petrobras, Parente vai fatiando a empresa oferendo-a de mão beijada para grupos internacionais.

Parente, juntamente com Cardoso e outros próceres da época da entrega de mão beijada das riquezas nacionais, entre os quais o senador José Serra, sentem-se a cada dia mais fortalecidos, porque estão conseguindo levar adiante um projeto, também conhedido como privataria, que em pelo menos quatro eleições foi repudiado pelos eleitores.

A anunciada privatização da Eletrobras é, por assim dizer, uma etapa da entrega de mão beijada das nossas riquezas. E a Petrobras está no pacote dos golpistas neoliberais. Para tanto, a mídia comercial conservadora aproveita o embalo de alguns bandidos que ocupavam cargos de direção na Petrobras, para fortalecer o posicionamento contra a estatal petrolífera.

Essa é a realidade brasileira atual, que só poderá ser derrotada com as mobilizações do povo brasileiro.

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