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Exército

Estupros, cólera e 30 mil mortos: conheça o legado da Minustah no Haiti

Ações do Exército brasileiro no país caribenho são usadas em favelas cariocas; Brasil deixa missão nesta sexta

01.set.2017 às 09h44
São Paulo (SP)
Vanessa Martina Silva
Ultimo contingente Brasileiro na Minustah em ação em Cité Soleil

Ultimo contingente Brasileiro na Minustah em ação em Cité Soleil - Tereza Sobreira | Artes: Wilcker Morais

Soldados brasileiros desembarcaram no Haiti, em 2004, para liderar tropas de diversas nações da Missão das Nações Unidas para a Estabilização do país, a Minustah. Nesta sexta-feira (1º), após 13 anos, eles retornam ao Brasil e, até outubro, todos os militares estrangeiros deverão deixar o território haitiano.

A ação da Minustah deixou para o Haiti um legado de mais de 30 mil mortos, em decorrência do cólera, e mais de duas mil vítimas de abusos sexuais, entre outras violências. Em conversa com ao Brasil de Fato, Guerchang Bastia, do partido Encontro dos Socialistas para uma Iniciativa Nacional Nova, considera a Minustah da ONU uma força de ocupação do país: 

"A Minustah também fez muita violência contra os estudantes, contra os pobres que moram nas favelas. Estupraram as mulheres, os homens. Cometeram muita violência contra as pessoas no país e também trouxeram a epidemia de cólera. Foi um desastre muito grave feito pela ONU", conta Bastia.

A epidemia de cólera assolou o Haiti após o terremoto de 2010, que deixou mais de 200 mil mortos no país. Apesar das diversas evidências de que o surto chegou junto com as tropas da Minustah, a ONU demorou seis anos para reconhecer a ocorrência e pedir desculpas. Para Bastia, o tratamento é desumano: "somos seres humanos, temos família, temos amigos, temos filhos, temos esposa. Eu não compreendo o que eles falam. A gente aceita, a gente se desculpa, mas isso não significa nada para nós".

Em outra ação muito criticada, soldados brasileiros entraram na favela de Cité Soleil, habitada por 200 mil pessoas, e cometeram o que os haitianos consideram ser um massacre. Pelo menos 27 civis morreram durante a ação, sendo que 20 eram mulheres com menos de 18 anos. Bastia conta que o episódio é considerado um ensaio para as ações comandadas pelo Exército brasileiro nas favelas do Rio de Janeiro: "Os soldados brasileiros mataram muitas pessoas nas favelas do Haiti. Entendemos, porque o Brasil tem favelas, então eles se preparam para lutar contra os pobres e, para isso, experimentaram essas novas estratégias nas favelas no Haiti".

Essa relação entre a atuação do Exército brasileiro no Haiti e nas favelas do Rio de Janeiro foram comentadas, recentemente, pelo general Ajax Porto Pinheiro, em entrevista concedida à rádio CBN. Questionado pelo jornalista sobre a possibilidade de aplicar o conhecimento obtido pelos militares na missão da ONU, o general ressaltou que as tropas das Nações Unidas “têm um nível de liberdade que às vezes não se tem no Brasil”. Ele se refere, literalmente, à possibilidade de atirar para matar.

No Haiti, todo esse cenário de violações será denunciado no Tribunal Popular que está organizando ações em todo o país para denunciar a ocupação, como explica Bastia: "Os tribunais normais são sobre a lei, e a lei é criada pela classe dominante. As leis não tratam questões muito importantes. Por exemplo, os Estados Unidos destruíram o meio ambiente no Haiti e a gente não tem uma lei contra isso. O tribunal é para o julgamento popular dos assuntos que um tribunal normal não ia julgar".

O Tribunal Popular, iniciado em julho, vai realizar atividades em todo o Haiti até 2018. As denúncias serão importantes para mensurar quantas pessoas morreram pelas mãos da Minustah, já que não há nenhum balanço efetivo das Nações Unidas com esses dados.

Editado por: José Eduardo Bernardes
Tags: exercito
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