Luta agrária

MST lança 1º Encontro Nacional dos Sem- terrinha

Até o próximo sábado (9), cerca de 30 crianças e adolescentes participam de oficinas preparatórias em Brasília

Brasil de Fato | Brasília-DF |

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Programação de lançamento do I Encontro Nacional dos Sem-terrinha começou nesta quarta (6), na sede do Sinpro-DF
Programação de lançamento do I Encontro Nacional dos Sem-terrinha começou nesta quarta (6), na sede do Sinpro-DF - Divulgação MST

O 1º Encontro Nacional dos Sem-terrinha, que ocorrerá em 2018, em Brasília, já está na pauta dos pequenos militantes da reforma agrária que atuam no país. Desde quarta-feira (6), cerca de 30 crianças e adolescentes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) participam de oficinas preparatórias para o evento na capital federal.

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Segundo Márcia Ramos, integrante do Setor de Educação do MST, o encontro do próximo ano será realizado pelas próprias crianças. Os pequenos devem ajudar a pensar a programação do evento, mas também vão se preparar politicamente para lidar com temas da atualidade.

“Pra nós, é importante que as crianças, desde pequenas, convivam com esse processo organizativo, que sejam organizadas, que aprendam desde pequenas – principalmente nesta conjuntura agora, de ‘Escola sem Partido’, de golpe – a serem críticas, a não aceitarem as imposições que são colocadas pra elas”, comenta.

A programação de lançamento do 1º Encontro Nacional dos Sem-terrinha segue até o próximo sábado (9) e inclui várias oficinas, como as de audiovisual, dança e comunicação popular. Os participantes vieram dos diferentes estados brasileiros onde o MST atua.

O estudante Guilherme Mota Portas, de 12 anos, é um dos representantes do Espírito Santo. Ele conta que o engajamento na luta agrária veio a partir da convivência com os próprios familiares que também militam pela causa.

“Minha família já é muito ativa no MST e também eu sempre gostei dessas atividades. Eu me sinto responsável pelo estado, porque estou representando todas as pessoas de lá”, diz. 

Uma das características do encontro é a paridade de gênero entre os participantes. Cada estado enviou um menino e uma menina como representantes. A pequena Maria Júlia Oliveira, de 10 anos, considera importante a atuação das mulheres:

“A mulher também faz parte da sociedade. Eu estou aqui porque estou representando as meninas do Ceará. Elas também podem vir no próximo encontro e a gente vai fazer a revolução”, finaliza.

 

Edição: Camila Salmazio