Acordo

Greve nos Correios termina em São Paulo e no Rio. Outras bases avaliam aderir

Para sindicalistas, "conjuntura desfavorável" pesou na decisão de aceitar proposta do TST

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"A categoria a nível nacional colocou os prós e contras na balança e optou por acatar", diz entidade
"A categoria a nível nacional colocou os prós e contras na balança e optou por acatar", diz entidade - Agência Brasil

Assembleias realizadas nesta quinta-feira (5) pelos sindicatos dos trabalhadores dos Correios (Sintects) de São Paulo e do Rio de Janeiro decidiram pelo fim da greve e aceitação da proposta feita na véspera pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), de reajuste salarial com base no INPC, retroativo à data-base (1º de agosto), e desconto de parte dos dias parados. "A conjuntura desfavorável e a postura do tribunal, que mais determinou que mediou ou conciliou, foram determinantes para levar a maioria a entender que continuar a greve seria entrar numa guerra que exigiria forças e sacrifícios imensos da categoria", diz o Sintect-SP, em nota.

Por outro lado, acrescenta a entidade, a manutenção integral do acordo coletivo, "um mês antes da reforma trabalhista entrar em vigor, foi o mais importante nesse momento, pois garante nossos direitos conquistados em muitos anos de luta, que estavam seriamente ameaçados". 

A mesma avaliação fez o presidente do sindicato do Rio, Ronaldo Martins. "O fato é que estamos em momento crítico. A posição do ministro (o vice do TST, Emmanoel Pereira) ontem mostrou a situação não estava a nosso favor. Isso pode ser confirmado quando o TST não aceitou nenhuma contraproposta, condicionando a aceitação, sob condição de perdas maiores de direitos. O acordo poderia ser fechado na mesa e não nos tribunais, mas a empresa não colaborou no diálogo. A categoria a nível nacional colocou os prós e contras na balança e optou por acatar", comentou.

Ambos os sindicatos são filiados à Findect, federação interestadual vinculada à CTB. Nas bases da Fentect (CUT), assembleias ainda avaliam a proposta. 

Edição: RBA