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Instalação do árbitro de vídeo divide opiniões no futebol brasileiro

Para saber um pouco mais sobre a polêmica, o Brasil de Fato conversou alguns torcedores de times cariocas

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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O gol de mão de Jô, atacante corintiano, durante partida contra o Vasco, foi decisivo para a instalação da tecnologia
O gol de mão de Jô, atacante corintiano, durante partida contra o Vasco, foi decisivo para a instalação da tecnologia - Daniel Augusto Jr./ Agência Corinthians

A instalação do árbitro de vídeo está dividindo opiniões no futebol brasileiro. Alguns técnicos, jogadores e torcedores consideram que esse tipo de tecnologia pode mudar a relação com o esporte, outros acreditam que pode acabar com as injustiças cometidas pela arbitragem. Em meio aos diferentes palpites sobre o assunto, o Brasil de Fato conversou com alguns torcedores de times cariocas para saber o que eles acham dessa polêmica.   

Para a torcedora do Botafogo Mayra Faria, a tecnologia só traz pontos positivos ao futebol. “Os árbitros estão cometendo muitos erros de marcação. No último domingo, estava em um jogo e o árbitro não quis dar o pênalti, quem teve que dar foi o bandeirinha. E se ele não tivesse visto? Não acho que vamos ficar dependentes da tecnologia, pelo contrário, vai nos ajudar bastante”, afirma.  

Em meados de setembro, após inúmeras polêmicas de erros de arbitragem cometidos durante o Campeonato Brasileiro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu instalar o árbitro de vídeo para tirar teima de lances difíceis de serem identificados. Até então, a CBF estava postergando a implantação do sistema por economia, mas o gol de mão de Jô, atacante corintiano, durante partida contra o Vasco, foi decisivo para a mudança. A tecnologia está já em fase de teste e instalação.    

“Se funcionar no mesmo esquema como vemos no vôlei, por exemplo, pode ser que dê muito certo. Assim poderemos evitar erro de arbitragem que têm prejudicado o placar em um monte de jogos”, afirma Vitor Tufani, torcedor do Vasco.   

Ao contrário do que é esperado por Vitor, as imagens de lances duvidosos não poderão ser solicitadas por jogadores e treinadores durante os jogos do Campeonato Brasileiro. Segundo informações da Comissão Nacional de Arbitragem, quem pedir árbitro de vídeo ao longo das partidas será penalizado, podendo até ser expulso. No Brasileirão, a tecnologia será conduzida pelo juiz responsável por acompanhar a partida da cabine. Somente ele poderá corrigir erros de arbitragem.  

“Mesmo assim, quando se coloca na balança, é muito importante ter o árbitro. Eu prefiro que o justo prevaleça do que o sentimento de frustração”, opina Breno Batista, torcedor do Vasco.  

Além do Brasil, outros 12 países têm feito experimentos com o árbitro de vídeo. Entre eles, Alemanha, Austrália, Estados Unidos, França e Holanda. A tecnologia, que já havia sido utilizado pela Fifa na última edição do Mundial de Clubes, também voltará a ser usada na Copa das Confederações, evento-teste para o Copa de 2018.  

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