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Campanha quer levar ao Congresso um projeto de lei contra a reforma trabalhista

Esta sexta (27) foi marcada por uma coleta de assinaturas promovida pela CUT; objetivo é colher 1,5 milhão de adesões

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Coleta de assinaturas realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Paraná
Coleta de assinaturas realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores de Educação Pública do Paraná - APP/Sindicato

É quase um consenso entre trabalhadores e especialistas que a Lei da Reforma Trabalhista do presidente golpista Michel Temer (PMDB) vai acabar com os direitos conquistados até hoje. Próximo à data de sua implementação, no dia 11 de novembro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) encabeça uma campanha contra a medida. O objetivo da iniciativa é coletar assinaturas em todo o país, para enviar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei de Iniciativa Popular contra a reforma trabalhista. 

Rony Anderson Barbosa, secretário nacional de comunicação da CUT, explica como está a receptividade dos trabalhadores em relação à campanha. "As nossas pesquisas feitas pelo instituto Vox Populi já demonstraram uma rejeição grande a essa reforma trabalhista e nós estamos confirmando isso agora na coleta de assinaturas", relata Barbosa.

Esta sexta-feira (27) foi tirada como o Dia Nacional de Coleta de Assinaturas para incentivar a campanha. Segundo Rony, este foi o dia de informar os trabalhadores sobre os efeitos negativos dessa reforma. "Especialmente porque ainda têm muitos trabalhadores que ainda não sabem o quanto a reforma podem afetá-los. Então é um debate importante, além de coletar assinaturas, debater com o trabalhador e contar o que pode acontecer com a reforma para que possamos anulá-la e que ela nem chegue a entrar em vigor no país", espera. 

Para divulgar a campanha, a CUT lançou um site que explica o passo a passo de como enviar os formulários com as assinaturas. Qualquer pessoa, entidade, movimento ou sindicato pode criar um comitê e coletar assinaturas. Foi isso o que fez Marinalva Lourenço, da direção do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco,  que já conseguiu coletar 100 mil assinaturas. 

"Nós coletamos em todas as nossas atividades, e mandamos para todos os nossos núcleos regionais, que são 13 espalhados pelo estado de Pernambuco, todo mundo colheu assinaturas tanto nos locais de trabalho quanto nas atividades realizadas", conta.

O objetivo da CUT é colher 1,5 milhão de assinaturas. Ainda não há data para o fim da campanha. No dia 8 de novembro, haverá uma contagem para verificar a quantidade de assinaturas existentes. 

As informações completas de como participar da campanha contra a Reforma Trabalhista estão no site: anulareforma.cut.org.br.

Edição: Vivian Neves Fernandes