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Meio ambiente

Perfil | Do verde ao cinza no Parque Bom Retiro, em Curitiba

Área preservada de quase 60 mil metros quadrados está sob risco de ser sufocada por mais um hipermercado

27.out.2017 às 14h28
Curitiba (PR)
Carolina Goetten
Da área total do parque, pelo menos metade será ocupada pela rede Angeloni

Da área total do parque, pelo menos metade será ocupada pela rede Angeloni - Vino Fotografia

Uma das maiores áreas verdes preservadas de Curitiba está prestes a se tornar cinzas. Com 60 mil metros quadrados, dois córregos, três nascentes e um grande bosque que funciona como corredor biológico para animais silvestres, o parque Bom Retiro está ameaçado pelo projeto de construção de um hipermercado. É com um sentimento descrito como “indignação” que moradores de diversos bairros, junto ao coletivo A Causa Mais Bonita da Cidade, têm se manifestado por meio de abaixo-assinados, pedaladas e divulgações na internet.

“Essa obra fere qualquer bom senso, em sentido ambiental, cultural, histórico e urbanístico”, define o pedagogo Luca Rischbieter, que faz parte do coletivo. Da área total do parque, pelo menos metade será ocupada pela rede Angeloni – ainda que já haja um hipermercado construído e em funcionamento a 600 metros de distância do local. “Essa área surgiu com fins filantrópicos e poderia receber uma proposta de urbanismo inteligente, que beneficiasse nossa cidade”, define o pedagogo. Ele assinala, ainda, as consequências para a população a cada vez que um hipermercado se instala novamente. “As padarias, mercadinhos e o comércio local saem prejudicados em detrimento do varejo. Sem falar no meio ambiente. Com esse projeto, não será possível preservar as florestas, nascentes e lençol freático do parque”, ressalta Rischbieter.

O pedagogo afirma que, mesmo dentro da legislação municipal, a obra é irregular: “A lei de o zoneamento da cidade permitiria no máximo cinco mil quilômetros quadrados de área ocupada, e eles conseguiram 30 mil. Isso não sobrevive sequer a uma análise de impacto urbano”.

História mal contada

Em 2012, a súbita demolição do Hospital Psiquiátrico Bom Retiro, que funcionava no mesmo local onde deve surgir o novo Angeloni, surpreendeu os curitibanos. Imediatamente, moradores organizaram um abaixo-assinado pela criação de um parque no local. A Federação Espírita, antiga proprietária do imóvel, vendeu o terreno a uma empresa de empreendimentos imobiliários.

Uma fonte ligada ao coletivo, que preferiu não se identificar, explicou que os recursos para a construção do hospital foram reunidos a partir de doações – sobretudo de uma grande quantia transferida pelo célebre empresário espírita Lins de Vasconcellos. “Suspeitando da demolição, a partir do vazamento de informações, os moradores tentaram impedir o processo na época com um pedido de tombamento do parque como patrimônio da cidade. O pedido foi recusado pela prefeitura, e dois dias depois o hospital foi demolido”, lembra-se o entrevistado. Ele também ressalta que o caso envolve uma série de irregularidades financeiras.

Da época, há registros em fotografias de prontuários expostos, em crime contra a privacidade dos pacientes, e outras ilegalidades decorrentes da iniciativa repentina. “Só a demolição do hospital já havia chocado muita gente. Tinham tanta pressa em derrubar que pareciam saber que o que faziam era muito errado”, comenta Rischbieter.

Causa coletiva

O coletivo “A causa mais bonita da cidade” surgiu no Facebook e logo ganhou milhares de adeptos. Os mais engajados se dividiram em frentes de atuação – jurídica, urbanística, ambiental e outras – para acompanhar o processo e garantir que a ganância não atropele a prudência. “Estamos fazendo o que a Prefeitura devia fazer, se trabalhasse pela cidade. Usamos do nosso tempo para organizar o local e propor alternativas para utilizá-lo da melhor forma possível”, defende o pedagogo. Todas as propostas apresentadas têm foco na preservação integral da área. O coletivo também solicitou o tombamento da área como patrimônio cultural para impedir a construção do hipermercado.

A adesão à causa cresce a cada dia em toda a cidade. “Não podemos mais sufocar o urbanismo com hipermercados, carros, shopping centers. Isso vem sufocar nossa história, meio ambiente, cultura, memória e paisagem”, conclui Luca Rischbieter.

Editado por: Ednubia Ghisi
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