100 anos

Ângelo Segrillo: União Soviética praticamente "balizou o século XX"

Professor da USP é considerado um dos principais teóricos do tema no Brasil; confira a entrevista concedida ao BdF

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
O professor destaca que a Revolução trouxe mudanças positivas e negativas, mas provou que é possível termos uma sociedade mais igualitária
O professor destaca que a Revolução trouxe mudanças positivas e negativas, mas provou que é possível termos uma sociedade mais igualitária - Reprodução

Independentemente de divergências ideológicas, a importância histórica da Revolução Russa é incontestável. Para o historiador e professor da Universidade de São Paulo (USP), Angelo de Oliveira Segrillo, a União Soviética praticamente "balizou o século XX".

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Segrillo é considerado um dos principais teóricos do tema no Brasil, tendo cursado seu mestrado pelo Instituto Pushkin de Moscou, durante os últimos anos da antiga URSS. Sua tese de doutorado - posteriormente publicada no livro "O Declínio da União Soviética: um estudo das causas" - foi a primeira na historiografia brasileira a utilizar pesquisas diretas nos antigos arquivos soviéticos.

Segrillo também foi um dos responsáveis pela organização do Simpósio Nacional "1917-2017 - Centenário da Revolução Russa", realizado no início do mês na USP.

Ele afirma que se surpreende com a rapidez em que as gerações perdem contato com a realidade anterior. "Para as gerações de hoje é difícil imaginar a URSS. Isso não só no exterior: eu me surpreendi, quando voltei para a Rússia para o doutorado, com o fato de que muitos jovens que viviam lá praticamente não conheciam o sistema soviético", lamenta.

Confira a íntegra do

ESPECIAL | REVOLUÇÃO RUSSA 100 ANOS

O professor destaca que a Revolução Russa trouxe mudanças positivas e negativas, mas provou que é possível termos uma sociedade mais igualitária. “A grande lição que podemos tirar da Revolução é que ela foi o laboratório pioneiro do socialismo”, diz.

Confira a videorreportagem do Brasil de Fato.

 

Edição: Simone Freire