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Mulheres Cabulosas da História: Nicinha

Ela denunciou de maneira firme e sem vacilar, os graves impactos causados pela construção da hidrelétrica de Jirau (RO)

Belo Horizonte |

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Hidrelétrica de Jirau: por trás de concreto e alta engenharia, injustiças, dores e crimes fizeram a usina - Governo do Estado de Rondônia

Nilce de Souza Magalhães, ou Nicinha como era conhecida, era da coordenação do MAB, o Movimento dos Atingidos por Barragens. Organização que luta pelos direitos das família atingidas pela construção de barragens. Nicinha atuou de forma incisiva na denúncia de violações de direitos humanos cometidas pelo consórcio Energia Sustentável do Brasil durante a construção da Usina Hidrelétrica de Jirau, em Porto Velho.

O projeto da hidrelétrica removeu Nilce, e toda sua comunidade, de maneira forçada para um lugar sem eletricidade e sem água potável, comprometendo também a subsistência das famílias, que tinham a pesca como sua principal fonte de renda. Mas Nicinha, não desistiu e denunciou de maneira firme e sem vacilar, os graves impactos do projeto hidrelétrico na vida das pescadoras e pescadores do Rio Madeira.

Após sofrer inúmeras ameaças, Nicinha foi assassinada em Janeiro de 2016.  Seu corpo ficou desaparecido por cinco meses e, em junho de 2016, foi encontrado na barragem da Usina Hidrelétrica de Jirau. O responsável pelo assassinato confessou o crime, mas fugiu da prisão. Mataram o corpo de Nicinha, mas seus ideais continuam vivos na luta do povo e de todas as mulheres.

Locução: Eloá Magalhães

Produção: Amélia Gomes

Conheça o projeto Mulheres Cabulosas da História 

Edição: Vinícius Segalla