Trabalho

Municipários decidem permanecer em greve em Porto Alegre (RS)

Para o fim da greve, os municipários reivindicam a retirada projetos da Câmara que prejudicam trabalhadores

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Municipários decidiram em assembleia manter a greve da categoria.
Municipários decidiram em assembleia manter a greve da categoria. - Guilherme Santos/Sul21

O Sindicato dos Municipários de Porto Alegre decidiu, em assembleia na tarde desta terça-feira (07), manter a greve iniciada no dia 5 de setembro. A decisão do prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), de retirar de tramitação na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei Complementar 11/2017, que altera a estrutura de remuneração e vantagens dos servidores municipais, não foi suficiente para encerrar a mobilização.

O Simpa considera uma vitória a retirada do PL 11, no entanto, entende que o prefeito tomou a medida porque iria enfrentar dificuldades para aprová-lo. Além disso, não descarta que Marchezan volte a enviar a proposta à Câmara, com ou mesmo sem modificações. Vereadores já haviam aprovado a discussão do PL 11 em regime de urgência, mas o vereador Airto Ferronato (PSB), relator do projeto, antecipou na segunda-feira (06) que recomendaria sua rejeição. A mobilização massiva de servidores e a posição de outros colegas o influenciaram numa análise “mais serena”, segundo afirmou ao Sul21.

“O governo, sabendo da possibilidade de perder, encaminhou um requerimento retirando o PL. Tirou porque sabia que não teria os votos, não só nas comissões, mas também no plenário, para aprovar”, afirmou Alberto Terres, diretor do Simpa, durante a assembleia. Ele também elogiou as posições de vereadores que saíram em defesa dos servidores e adiantaram que votariam contra a proposta da Prefeitura.

Para o fim da greve, os municipários reivindicam a retirada de pelo menos outros três projetos: o que modifica as datas de pagamento dos salários e do 13°, o que permite parcerias privadas no Dmae e aquele que extingue a licença-prêmio. Os três são projetos de emenda à Lei Orgânica e precisam, portanto, de 24 votos para aprovação em plenário, caso passem nas comissões.

Edição: Sul21