Protesto

Centrais sindicais realizam ato unificado contra a reforma trabalhista, em Curitiba  

Paralisações dos metalúrgicos nesta manhã alcançaram cerca de 30 mil trabalhadores e fecharam duas rodovias

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
A marca do ato foi a unidade entre sete centrais sindicais: CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, UGT e Nova Central
A marca do ato foi a unidade entre sete centrais sindicais: CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, UGT e Nova Central - Gibran Mendes

Um dia antes da reforma trabalhista entrar em vigor no Brasil, protestos ocorram em dezenas de cidades, entre elas Curitiba e Região Metropolitana. A principal mobilização contra a reforma na Boca Maldita, no Centro da capital, entre 11h e 13h30, aproximadamente. 

Representantes de diferentes entidades e sindicatos se pronunciaram contra à lei proposta pelo Governo Federal, que retira direitos dos trabalhadores, considerada por especialistas um desmonte da CLT.

            >> Assista aqui alguns pronunciamentos feitos ao longo do ato

A marca do ato foi a unidade entre sete centrais sindicais: CUT, CTB, CSP Conlutas, Força Sindical, UGT e Nova Central. De acordo com os organizadores, o auge da mobilização contou com a participação de pelo menos mil.A defesa da unidade entre as entidades sindicais na luta contra os retrocessos impostos pelo governo golpista de Michel Temer foi recorrente entre os pronunciamento feitos no caminhão de som.

Foto: Gibran Mendes 

A palavra ordem "Fora Temer" ecoou ao longo de todo o ato. A saída do peemedebista da presidência foi apontada com uma das lutas permanente para as centrais, sindicatos e movimentos sociais. 

A eleição presidencial de 2018 também marcou as falas dos dirigentes sindicais. O ex-presidente Lula foi citado diversas vezes com a melhor alternativa para a retomada da democracia, a revogação das medidas de Temer, e a retomada do desenvolvimento do país. 

Metalúrgicos

Metalúrgicos de Curitiba e Região Metropolitana paralisaram as atividades a partir das 4 horas da manhã. Trabalhadores das principais montadoras aderiram ao movimento contra as reformas trabalhista e previdenciária, mobilizando-se nas principais unidades, caso da Bosch, New Rolland, Renault, Volkswagen/Audi e Volvo.

A paralisação dessa manhã, de acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (Simec), alcançou 30 mil trabalhadores e fechou duas rodovias no entorno da capital paranaense.

Na Volvo, houve também assembleia por volta 7 horas, apontando a necessidade de novas mobilizações, informa Sebastião Fagundes, operário da Volvo e dirigente sindical. “Todos os direitos que os trabalhadores conseguiram nos últimos cem anos, esse governo ilegítimo está apagando numa canetada. Não podemos pagar uma conta que não é nossa, para que o governo se sustente, para o ego de suas famílias e seus cupinchas”, criticou. 

Bancários

Por volta das 10h desta sexta, o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região realizou um ato em frente ao Bradesco Palácio Avenida, Centro de Curitiba. A ação buscou alertar os bancários e a população sobre as mudanças que entram em vigor amanhã e que alteram as relações de trabalho, prejudicando os trabalhadores.

O presidente do Sindicato, Elias Hennemann Jordão, frisou aos bancários e à população que passava em frente ao banco que "o futuro de nossos filhos está ameaçado".

Jordão lembrou que as reformas estão passando no Congresso ao mesmo tempo em que Temer teve arquivado pelos parlamentares pedido de investigação contra ele. "Possivelmente o parlamentar que vocês votaram estão votando contra os trabalhadores. É preciso pensar sobre isso".

Edição: Ednubia Ghisi