AMÉRICA LATINA

Artigo | A unidade dos povos do continente

Jornada Continental pauta defesa da democracia e luta contra o neoliberalismo

São Paulo (SP) |
Marcha iniciou as atividades em Montevidéu
Marcha iniciou as atividades em Montevidéu - Cintia Barenho

Montevidéu, capital do Uruguai, sediou a Jornada Continental pela Democracia e contra o neoliberalismo, de 16 a 18 de novembro. Três mil militantes, de 23 países, entre os quais expressiva delegação brasileira, estiveram reunidos para debater os impactos da política neoliberal na região e discutir estratégias e agendas de luta.

Realizamos atividades de luta, a exemplo de uma grande marcha de abertura. Ao longo do processo da jornada, definimos quatro eixos fundamentais de debate e organização das nossas lutas: 1) a defesa da democracia e da soberania, 2) a luta contra o livre comércio 3) o combate ao poder das empresas transnacionais 4) a integração dos povos. 

O resumo dessas discussões nos levou a uma plenária na qual foi apresentada e debatida a declaração final do encontro que sistematizou nossos pontos comuns e nossas principais agendas de luta, iniciando ainda em 2017 com a mobilização em repúdio à Cúpula Ministerial da Organização Mundial de Comércio (OMC), em Buenos Aires, em dezembro. 

Para 2018, definimos como prioridades as mobilizações unitárias, nos dias 8 de março e no 1º de maio; a presença e defesa da nossa agenda comum contra o livre comércio, no Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama), em Brasília, no mês de março; a mobilização contrária e o repúdio à Cúpula das Américas em junho, no Peru, e à cúpula do G20 que acontecerá no segundo semestre, em Buenos Aires. Afinal, nesses espaços, governos tentam restabelecer a política neoliberal de perda de direitos no continente.

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Os povos também estão convidados a se mobilizar de maneira unitária, combativa e solidária, em todos os países, na semana de 19 a 25 de novembro de 2018, uma ação em defesa da democracia e contra o neoliberalismo.

Início

A Jornada teve início em 2015, quando dezenas de organizações de luta reuniram-se em Havana (Cuba), nos marcos dos 10 anos da derrota da Área de Livre Comércio das Américas (ALCA) e buscam, desde então, a articulação das ações frente à ofensiva neoliberal e o ataque às democracias.

*Secretária de Relação com os Movimentos Sociais da CUT Brasil.

Edição: Pedro Carrano