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EDITORIAL | Previdência é investimento social

Reforma de Temer é injusta e equivocada

Curitiba |
Temer tenta articular votação para início de dezembro, mas medida é impopular e parlamentares não querem desgaste
Temer tenta articular votação para início de dezembro, mas medida é impopular e parlamentares não querem desgaste - Marcos Corrêa/PR

Temer se articula para a votação da reforma da previdência, apontada para 6 de dezembro. Desesperadamente, ele tenta reorganizar uma base dispersa nessa pauta, já que parlamentares não querem o desgaste quanto mais se aproxima 2018 - ano eleitoral. 

Isso porque a reforma da previdência segue injusta, justificada na projeção de envelhecimento da população e no argumento de “salvar as contas”, ignorando que a seguridade social como um todo não é deficitária. A deficiência está na falta de investimento social no Brasil. 

A medida de Temer é oportunista, para retirar direitos em um momento de crise econômica e engordar fundos de previdência particulares. 

Revolta

Mas foi preciso recuar em alguns pontos da proposta inicial, caso da idade mínima de aposentadoria para mulheres e tempo de contribuição para receber o valor integral de aposentadoria. Um dos motivos precisa ser lembrado: dia 28 abril, trabalhadores em todo o país realizaram uma greve que mobilizou milhões de pessoas, contra a reforma da previdência e também a trabalhista. 

Essa situação mostra que a pressão dos trabalhadores tem força para modificar a agenda antipopular do Congresso. Porém, a organização deve se manter permanente. 

Edição: Pedro Carrano