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Acesso à universidade

Perfil | Leonardo da Cruz, do quilombo para os palcos

Coreografia de “Entre caboclos e baianos” tematiza elementos da cultura popular brasileira

12.dez.2017 às 07h40
Curitiba (PR)
Carolina Goetten
“A vida em coletivo ainda é a marca do povo negro”, diz Leonardo da Cruz

“A vida em coletivo ainda é a marca do povo negro”, diz Leonardo da Cruz - Mônica Nachman

O bailarino Leonardo da Cruz, ao centro de um palco negro como sua pele, move-se sob uma luz vermelha, cor de terra quente. Os gestos parecem agoniados: são de alguém que luta para se levantar do chão e quebrar toda a crosta de preconceito que a ignorância acumulou sobre a Terra. O espetáculo “Entre caboclos e baianas”, com coreografia criada por Leonardo, é parte de seu trabalho de conclusão de curso na Universidade Estadual do Paraná (Unespar). Em seus movimentos corporais, saias brancas e chapéus de palha, mostra a resistência, a cultura e a miscigenação étnico-racial do Brasil.

Leonardo começou a dançar desde o momento em que descobriu as possibilidades rítmicas do corpo humano. Isso aconteceu na comunidade quilombola Paiol de Telha, em Guarapuava, onde Leonardo cresceu e viu a tia benzer bichos e plantas, viu a vida em comunidade e o valor da luta de quem tem a pela como a sua. “O ambiente urbano limitou as possibilidades da nossa convivência. Mas a vida em coletivo ainda é a marca do povo negro”, diz. “Enquanto o mundo moderno nos submete a uma experiência rasa e individual, a gente ainda se reúne para comer feijão, pipoca e farofa. Nosso povo ainda se coletiviza, dá umbigada, reza e enfrenta junto”.

A trajetória de Leonardo começou na adolescência, no grupo Kundun Balê, fundado no Paiol de Telha. Depois que veio a Curitiba, passou por diversos espaços de aprendizagem e iniciou o curso de Educação Física, até decidir pela graduação em dança na Unespar. Quilombola e homossexual, Leonardo fez questão de representar as minorias em seu trabalho, mas salienta que não se deve cobrar esse papel de quem já tem cadeados e portões por enfrentar. “A universidade não cumpre sua função e ainda joga toda a responsabilidade para os alunos. A gente tem que sair da nossa comunidade, dar um jeito de ser aprovado no vestibular e ainda ensinar nossos professores a lidar com essa temática e nos incluir?”, provoca.

Em “Entre caboclos e baianas”, Leonardo tematiza a diáspora – movimento que leva à dispersão de diferentes povos, forçadamente deslocados seus territórios de origem para fugir de perseguições ou do preconceito. “A questão principal aqui é que a terra é que é coletiva. Não queremos só cotas para acessar o ensino. Queremos a redistribuição dos recursos materiais”, aponta. “Onde quer que a gente esteja, ali é nosso território. A terra que existe no mundo não é propriedade de ninguém. Ela é de todos nós”.

Negros na universidade

O percentual de negros no nível superior mais que dobrou entre 2005 e 2015, segundo o IBGE. Programas sociais como o Programa Universidade para Todos (Prouni) e a política de inclusão racial que destina  parte das vagas dos vestibulares para negros contribuíram para esse resultado. Mesmo assim, ainda há muito a avançar: apenas 12,5% das pessoas negras cursam alguma faculdade, enquanto 26,5% dos brancos chegam ao nível superior.

Editado por: Ednubia Ghisi
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