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Ensino

Reorganização de escolas gera revolta de pais e mães em Contagem (MG)

Projeto da Prefeitura, que divide alunos por ciclos, pode atingir 10 mil estudantes, no início de 2018

01.fev.2020 às 18h41
Belo Horizonte (MG)
Rafaella Dotta
Manifestação contra a medida percorreu as ruas do município, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte

Manifestação contra a medida percorreu as ruas do município, que fica na região metropolitana de Belo Horizonte - Patrícia Pereira

Professores, pais e estudantes estão insatisfeitos com proposta da Prefeitura de Contagem. A Secretaria Municipal de Educação pretende fazer uma reorganização do ensino infantil e fundamental que pode atingir, já no início de 2018, o cotidiano de 10 mil alunos. Protestos em portas de escolas acontecem desde que a proposta começou a ser anunciada, em 30 de novembro.

A “Reorganização Escolar” irá desenhar uma nova divisão das séries distribuídas nas escolas,​ incluindo​ inicialmente 30 das 115 ​instituições. ​As​ escolas ​municipais passariam a ser "especializadas" em um determinado ciclo, ao invés de fornecer vários ciclos. Por exemplo, a Escola ​Municipal ​El​i​ Horta não mais ofereceria ensino d​o ​1° ao 9° ano, ou seja, do primeiro ao terceiro ciclo,​ mas se concentraria ​em oferecer do 6º ao 9º, o terceiro ciclo.

​A prefeitura de Contagem defende que a mudança irá criar 2.351 vagas para crianças de 0 a 5 anos, em 2018, possibilitando o atendimento de todos os estudantes de 4 e 5 anos que estão em espera de vaga. O número corresponde a um aumento de 4,2% nas vagas em geral. A prefeitura divulga também que as aulas de inglês começarão no 1º ano, ao invés de começarem no 4º ano e haverá maior facilidade para a unificação do currículo escolar de 1º a 9º ano. Atualmente, cada escola possui seu próprio método pedagógico.

Mães e pais criticam proposta

Mães e pais de alunos levantam uma série de problemas sobre esta reorganização. Laísa Aghata, que é mãe de três crianças, reclama que seu bairro ficará sem nenhuma escola e que isso fere a cultura dos moradores locais. "Embora a direção [da escola] tenha feito um acordo, a população do bairro não concorda. Somos um bairro tradicional, de mais de 60 anos", diz. As escolas municipais Pedro Pacheco e Francisco Borges serão fechadas, transformando-se em um prédio da Secretaria de Educação e uma UMEI, respectivamente.

​Na opinião da professora de inglês Liriana Nazaré Silva, ​a Secretaria​ desconsidera as condições​ e opinião de​ estudantes, pais e professores.​ É provável que pais e mães com mais de um filho precisem levar cada um a uma escola diferente. O projeto calcula a distância de no máximo 1,5 km entre escolas do mesmo ciclo. Porém, lembra Liriana, não calcula a distância que mães terão que percorrer.

A professora analisa ainda que a reorganização teria o objetivo de aumentar a nota do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para a educação de Contagem, com funções de propaganda eleitoral. A cidade ​obteve 5,9 na avaliação do I​d​eb em 2015 e​ não atingiu​ ​o valor mínim​o​ ​(6,0) estipulado pelo Ministério da Educação. A nota do Ideb é feita por uma prova de Português e Matemática somada ao índice de aprovação dos estudantes.​ Por isso, segundo Liriana, a Reorganização Escolar propõe o aumento das aulas destas disciplinas.

Reginaldo Pereira do Carmo​, diretor do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE) subsede de Contagem, alerta para dois problemas principais para os professores. O projeto resultará no aumento de estudantes por sala, sobrecarregando os trabalhadores, e o aumento da contratação terceirizada, especialmente para educação física e de inglês.

​Ainda sem soluções

​Depois dos protestos feitos nas portas e arredores das escolas, professores e pais de estudantes forçaram reuniões de negociação com a Secretaria Municipal de Educação. Até o momento nenhum acordo foi fechado, segundo a professora e diretora estadual do SindUTE Patrícia Pereira. “O resultado concreto tem sido colocar a cidade para discutir o papel da escola. Da parte da prefeitura até o momento, não houve nenhum recuo”, analisa.

Patrícia afirma que a Secretaria não flexibilizou o projeto e mantém a reorganização para o início de 2018, independente da vontade de pais e professores. Ela informa que a comunidade escolar pretende acionar o Ministério Público Estadual e a Vara da Infância e Juventude. A Câmara dos Vereadores de Contagem prepara um documento pedindo que o projeto seja adiado e que se fortaleça o diálogo entre os lados da polêmica.

5 principais críticas

1. A mudança recorrente de escola pode ser prejudicial às crianças. Elas terão que mudar de escola sempre que terminarem um ciclo de ensino

2. A reorganização aumenta o número de escolas em que uma mãe ou pai terá que levar seus filhos. Acaba a possibilidade de os irmãos mais novos irem junto com irmãos mais velhos

3. Há sinais de que professores serão terceirizados

4. Aumenta-se a facilidade para uma massificação de currículos pedagógicos. As escolas perdem sua autonomia de ensino, inscrita no artigo 206 da Constituição Federal e na Lei de Diretrizes Básicas da Educação (LDB)

5. O projeto foi elaborado sem a participação dos principais envolvidos: estudantes, pais e professores

A mesma "reorganização"​ de Alckmin

O projeto da Prefeitura de Contagem tem inúmeras semelhanças com o plano de Reorganização Escolar que o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), tentou implantar há dois anos nas escolas paulistas. Alckmin sofreu uma enorme resistência organizada pelos estudantes. Sob o lema "Não Feche a Minha Escola" alunos ocuparam cerca de 200 instituições de ensino por dois meses. Segundo o sindicalista Reginaldo Pereira, tanto Alckmin quanto Alex de Freitas, prefeito de Contagem e que também é do PSDB, receberam consultoria do instituto Kroton Educacional para a elaboração do projeto. A Kroton é, desde 2016, a maior empresa de educação do país.

Editado por: Joana Tavares
Tags: radioagência
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