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Início Geral

Agricultura

Mercado externo dita as regras da economia agrícola brasileira, diz economista

Para Gerson Teixeira, da assessoria do PT na Câmara, queda da renda evitou crise alimentar em 2017

02.jan.2018 às 18h31
Belém (PA)
Lilian Campelo
16 milhões de hectares são utilizados apenas para atender a demanda por commodities da China, aponta estudo

16 milhões de hectares são utilizados apenas para atender a demanda por commodities da China, aponta estudo - Portal Brasil/ Reprodução

O mercado externo se inseriu de forma mais incisiva na economia agrícola brasileira depois do golpe de Estado proferido contra a presidenta Dilma Rousseff e agora dita as regras do agronegócio, afirma Gerson Teixeira, assessor da bancada do PT na Câmara dos Deputados. 

A conclusão faz parte de um balanço da atividade agrícola no Brasil elaborado por Teixeira no final de 2017. O documento aponta que o país destina 27,4 milhões de hectares – correspondentes a 45% da área total do seu território – para a produção de grãos. Deste total, 16 milhões de hectares são utilizados apenas para atender a demanda por commodities da China.

Entre 2016 e 2017, a potência asiática comprou 53 milhões das 110 milhões de toneladas de soja produzidas no Brasil. Segundo Teixeira, o país só não sentiu os efeitos do privilégio dado à segurança alimentar chinesa, devido a queda na renda da população. 

“A queda da renda fez com que a inflação de alimentos declinasse, mas não foi um declínio virtuoso, foi um declino por fatores negativos e perversos”, disse.

Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, Gerson Teixeira fala sobre o agronegócio, a produção agrícola brasileira e as consequências do avanço do mercado externo para a soberania alimentar do país. 

Brasil de Fato: Fazendo uma retrospectiva, qual o balanço da agricultura brasileira pós-golpe? 

Gerson Teixeira: A agricultura, particularmente a atividade agrícola do agronegócio, agricultura empresarial de larga escala, ela basicamente deixou de ser impulsionada por políticas públicas do país. A dinâmica e o perfil produtivo da agricultura é determinado pelos grandes conglomerados. Esse ano o que se viu foi uma ampliação desses fatores externos definindo a agricultura do país e resultou, cada vez mais, na participação de algumas commodities no perfil da agricultura brasileira. 

Junto disso não houve políticas socioambientais, relativizações socioambientais, por parte do governo e o impacto disso na área agrária é tremendo porque as comunidades indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais estão sendo muito impactadas pela cobiça da terra, pela expansão acelerada da proteção das terras do país e esse é o quadro geral, um quadro que combina com uma passividade de contra medidas do governo para fazer a mediação do expansão do agronegócio e o capital externo determinando o que produzir, a área que produzir, a quantidade, etc.

Segundo dados apresentados pela bancada do PT, no período de 2016/2017 o Brasil exportou 74% da soja que produziu para o mercado externo, mas durante os governos petistas a economia também era baseada em exportações de commodities agrícolas. O que o pós-golpe trouxe para esse cenário que se difere dos demais governos? 

Na verdade, deixou de fazer, não trouxe. Na divisão internacional do trabalho há uma tendência do Brasil ser o celeiro agrícola, quer dizer, nos transformar em um grande produtor de commodities minerais e agrícolas e isso já vem de tempos. A diferença é que nos governos do PT essa estratégia ela foi acompanhada por uma gama diversificada e rigorosa de políticas e ações voltadas para o fortalecimento da agricultura familiar, proteção de comunidades indígenas e quilombolas e de uma política importante de assentamentos da reforma agrária, coisa que foi totalmente abandonada no governo Temer. 

Enquanto houve um aumento das exportações do agronegócio de produtos como a soja, o consumo interno apresentou uma queda. Que fatores podem explicar essa contração? 

A retração econômica profunda, a perda de salários, a redução real do salário mínimo, a população veio perdendo renda e naturalmente o consumo, e as populações das camadas mais baixas da pirâmide social são as que mais perdem. Então se aumentar um pouquinho o poder de renda eles [população] tendem a consumir mais alimentos e o contrário quando perde renda. 

É por isso que não está tendo uma crise alimentar no Brasil, porque houve essa queda de consumo em função da queda da renda e fez inclusive que a inflação de alimentos declinasse, mas não foi um declínio virtuoso, foi um declínio por fatores negativos e  perversos.

Se esse panorama que se apresentou em 2017 vigorar ainda em 2018, por exemplo, o que podemos esperar como consequências desse quadro?

Antes de tudo nós temos uma ameaça à soberania do país. Cada vez mais o território do Brasil se transforma em garantidor da segurança alimentar de outros países. E isso se sobrepõem também a uma política interna para cuidar da segurança alimentar brasileira.

Inclusive eu acho que no próximo ano eles [governo Temer] vão dar o tiro de misericórdia, porque eles não conseguiram ainda, por causa de divisão entre eles [bancada ruralista], aprovar uma nova legislação sobre a apropriação de terra no Brasil por estrangeiros. 

Há uma grande pressão do capital internacional e não fizeram porque inclusive o Ministro da Agricultura [Blairo Maggi] é contra porque quer que o capital externo compre terras, mas não quer que produza grãos para não competir com ele. Também tem uma reação dos militares, mas eu acho que é o próximo grande projeto deles vai ser aprovação dessa lei, provavelmente, em 2018.

Editado por: José Eduardo Bernardes
Tags: agriculturacâmara dos deputadoschinaptradioagência
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