Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Entrevista

Direitos

“Sem greves, já estaríamos convivendo com a reforma da Previdência”, diz sindicalista

Secretário geral da CUT Minas e diretor do Sindieletro comenta cenário político e a importância das mobilizações

09.fev.2018 às 14h51
Belo Horizonte (MG)
Joana Tavares
“Privilegiado é quem está devendo à Previdência”, afirma secretário

“Privilegiado é quem está devendo à Previdência”, afirma secretário - Reprodução

“A gente não pode desanimar”, resume o sindicalista Jairo Nogueira Filho, analisando o cenário político. Ele lembra que o Brasil já atravessou momentos mais difíceis e que a mobilização popular é fundamental para construir novas bases para o país. Ele cita o exemplo da greve de abril de 2017, que atrasou a votação da reforma da Previdência e serve de exemplo para futuras ações.

Em fevereiro, o texto da reforma da Previdência será votado novamente. Quais foram as mudanças do antigo para o atual?

O governo tem falado em algumas mudanças, mas não descreveu nada ainda. Então, até o momento, não há diferença. Eles fizeram o mesmo processo com a reforma trabalhista, dizendo que fariam alterações, mas isso não aconteceu. A primeira proposta anunciada pelo governo foi aprovada. E, agora, parece que eles estão fazendo a mesma jogada, estão querendo iludir a população. Para nós, o que está na reforma da Previdência é o que está colocado desde o ano passado.

O que inclui todos aqueles retrocessos, como o aumento do tempo de contribuição, equiparação de homem e mulher, etc.

Exatamente. Você acaba com a questão da aposentadoria por tempo de contribuição, que hoje existe no Brasil – se a pessoa tem 35 anos de contribuição, ela já pode aposentar, independentemente da idade. Pela nova regra do governo, todos só poderão aposentar por idade, sendo 65 anos para homens e 62 para mulheres, com a contribuição mínima de 25 anos. No Brasil, a média de contribuição das pessoas mais pobres, que têm uma rotatividade maior no emprego, é de 14 anos. Ou seja, não teriam mais opção. Além disso, a idade colocada é muito alta. Tudo continua da mesma forma: a proposta não foi mudada.

Houve muitas mobilizações contra essa proposta, como a greve do dia 28 de abril de 2017. As centrais sindicais agora marcam uma nova greve para 19 de fevereiro. Por que as manifestações são importantes para denunciar o que está por trás da proposta do governo?

Se a gente não tivesse feito aquela greve de 28 de abril, nós já estaríamos convivendo hoje com a reforma da Previdência. Quem já trabalhava, quem começou a trabalhar e quem já está aposentado estaria vivendo no prejuízo com essa realidade. É bom lembrar que a proposta do governo também mexe nas pensões e aposentadorias – que as pessoas não mais poderão acumular – e altera o cálculo da aposentadoria. A greve foi muito importante porque o governo federal assustou, os deputados assustaram, as pessoas entenderam rápido o recado e foram às ruas. A partir daí o governo mudou a estratégia. Criou propagandas e coloca nos comerciais que a é reforma é para acabar com os privilégios que existem na Previdência e que deve acabar com o funcionalismo público, que é dono destes privilégios.

O governo não coloca que privilegiado é quem está devendo a Previdência (os bancos, empresas de comunicação, investidores do agronegócio, etc). São mais de R$ 400 bilhões de dívida. O governo não coloca que não há déficit na Previdência, que ela faz parte da Seguridade Social e que não tem como tratar a Previdência sozinha. E tem a Desvinculação das Receitas da União, que é quando o governo retira 30% do dinheiro da Previdência para usar em outras coisas. Como algo está quebrado se você está tirando dinheiro dali?

A gente quer um debate profundo sobre isso. Nós avaliamos que deve haver uma mudança na Previdência, mas não a colocada pelo governo, na qual o peso fica apenas em cima do trabalhador e da trabalhadora brasileira. A Previdência vive da contribuição do trabalhador e, se a gente tem hoje 12 milhões de desempregados no Brasil, ela será afetada. Por isso, precisamos gerar emprego e isso só vai acontecer com uma mudança de governo. E o povo tem a oportunidade de fazer isso em 2018.

E a próxima greve é geral também?

Fazemos a chamada para a primeira segunda-feira após o carnaval, dia 19 de fevereiro. O governo não conseguiu colocar a reforma no ano passado e ameaça neste período. Estaremos com material nas ruas, nos metrôs, ônibus, panfletando, fazendo conversas nas portas das fábricas, chamando os aposentados para o debate.

A reforma da Previdência é uma das reformas que esse governo golpista está implementando. Você avalia que ela faz parte de um pacote maior, um plano de governo?

A gente vai ter um grande problema em 2018. O governo Temer congelou todos os investimentos em saúde e educação por 20 anos, o que começa a valer a partir deste ano. Vemos também um surto de febre amarela e as pessoas com dificuldade para conseguir a vacina nos postos de saúde. A gente precisa melhorar a saúde pública no Brasil, assim como a educação pública. Como você vai conseguir fazer um investimento desse se você congelou o dinheiro?

O governo liberou a terceirização sem limites, que é uma forma de trabalho que precariza, abaixa o salário. E aprovaram também a reforma trabalhista, com aquela promessa de que iria gerar emprego. Mas ela não gerou nenhum e está substituindo os empregos, ou seja, as empresas estão demitindo as pessoas que têm direitos para recontratá-las com um salário menor e sem direitos. E essas pessoas que são demitidas e recontratadas dificilmente contribuirão com a Previdência Social. Portanto, a proposta das eleições de 2018 é escolher candidatos que pensem em rever essas medidas colocas pelo Temer em tão pouco tempo de governo.

No setor elétrico, é evidente o efeito da terceirização. O próprio Sindieletro denuncia há muito tempo o que essa precarização traz para a qualidade do serviço e para a vida dos trabalhadores. Agora, a terceirização irrestrita foi liberada em Minas. Como vocês veem isso?

O povo mineiro tem um grande laboratório aqui, que é a Cemig. A terceirização na empresa começou na década de 1990, nos governos Fernando Henrique e Eduardo Azeredo. A Cemig terceirizou de forma muito agressiva, diminuiu seu quadro próprio com a promessa de que melhoraria o serviço para a população e abaixaria o valor da tarifa. Não melhorou, a qualidade do serviço caiu e a tarifa de energia é uma das mais caras do país.

Para nós, trabalhadores, também não resolveu. Hoje nós somos 5.800 trabalhadores da Cemig e 26 mil terceirizados. O número de acidentes é muito alto. O setor de energia elétrica é de muito risco, mutila o trabalhador que, quando não morre, perde braço, perde perna. A gente tem, em média, um acidente a cada 45 dias na Cemig. Os trabalhadores têm uma jornada muito intensiva, o salário piorou, a gente não consegue prestar um serviço de qualidade para a população mineira como antes da década de 1990. A terceirização não trouxe nenhum benefício. Nossos filhos, nossas filhas, poderiam ter oportunidade de prestar concurso público, estar numa empresa como a Cemig trabalhando, mas quase não existe essa possibilidade.

Quando vemos o quadro geral do país, dá desânimo. Qual mensagem você deixa para quem lê a entrevista? O que a gente pode fazer para melhorar a situação em 2018?

A gente não pode desanimar. Aqui no Brasil, já passamos pela ditadura militar, passamos pelos anos 1990. Tivemos um pouco de melhora e agora caímos de novo, mas o povo tem que reagir. A gente tem a chance de mudar a nossa realidade com as eleições de 2018. Devemos pensar, avaliar os candidatos, cobrar. Estamos com o projeto do Congresso do Povo para conversamos nas periferias, nos bairros, entender o que a população está querendo. Precisamos construir propostas para construir um novo Brasil para os brasileiros. Da forma como está, não tem perspectiva nenhuma, para ninguém. Nem para o jovem. Em 2018, temos oportunidade de mudar todo o Congresso, o presidente, de ter esperança para nosso país.

Editado por: Wallace Oliveira
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Dívida em alta

Copom eleva Selic pela 6ª vez seguida e empurra gasto com juros da dívida pública para R$ 1 trilhão

Negligência

‘Tragédia anunciada’: MTST protesta contra ViaMobilidade por morte de passageiro no metrô em SP

PARTICIPAÇÃO

Eleições de membros do Conselho Municipal de Políticas Culturais de São Leopoldo (RS) inicia nesta quinta (8) em meio a divergências

ENTREVISTA

BA: ‘A lei no Brasil foi criada para favorecer alguns e aniquilar outros’, denuncia Cacique Babau

'Privatização mata'

‘Privatização mata’: presidente do Sindicato dos Metroviários de SP exige cancelamento de concessão após morte de passageiro

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.