REVOLUÇÃO BOLIVARIANA

Depois das eleições, a Venezuela passará por mudanças econômicas, diz Maduro

Presidente venezuelano afirmou que implementará medidas para melhorar economia caso ganhe eleições

Brasil de Fato | Caracas (Venezuela) |
Presidente Nicolás Maduro concedeu entrevista coletiva para meios internacionais, na quinta-feira (15)
Presidente Nicolás Maduro concedeu entrevista coletiva para meios internacionais, na quinta-feira (15) - Fania Rodrigues

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro disse, nesta quinta-feira (15), que o país terá uma “nova etapa econômica”, caso vença às eleições presidenciais convocadas para o dia 22 de abril. As mudanças devem apontar ao combate à guerra econômica e à especulação de preços, conforme anunciou o mandatário.

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“Para superar essa guerra econômica e de preços temos que ganhar as eleições. Se sairmos vitoriosos, vou garantir o equilíbrio econômico, comercial e de preço. Passaremos a uma nova etapa econômica, estou convencido disso”, afirmou Maduro durante uma entrevista coletiva para meios de comunicação internacionais.

O bloqueio econômico, o baixo preço do petróleo e as pressões políticas internacionais agravaram a crise econômica que afeta o país há cinco anos. Para resolver os problemas da complexa economia venezuelana, de acordo com o presidente venezuelano, seu governo precisa renovar o mandato e a legitimidade garantida pelas urnas para tomar as medidas necessárias.

Em todas as camadas sociais, os relatos são de dificuldades de conseguir alimentos. Para o presidente venezuelano, o bloqueio econômico contra o país não afeta apenas o governo mas também os cidadãos venezuelanos. “A Venezuela está sendo submetida a uma perseguição implacável contra todas as contas [bancárias] da República. Não há uma só conta que não é perseguida para ser fechada ou congelada. Bloqueiam até as contas bancárias dos empresários venezuelanos”, relatou o mandatário.

O presidente informou que a renegociação com os investidores de títulos da dívida venezuelana está sendo realizada com sucesso. Desde outubro de 2017, quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, proibiu a comercialização de títulos da dívida da Venezuela, o governo caribenho anunciou que negociaria com cada um dos compradores de títulos.

 “O processo de renegociação vai muito bem. Muito melhor do que esperava. Hoje vejo que foi uma decisão correta [convocar os investidores para negociar]. Todos entraram em contato com o governo e a [petroleira venezuelana] PDVSA. A Venezuela é um país responsável com seus compromissos internacionais”, disse Maduro.

Eleições

Mesmo sob pressão internacional, o presidente Nicolás Maduro confirmou que haverá eleições no dia 22 de abril. Os partidos de oposição ainda não anunciaram se vão participar ou não do processo. No entanto, o mandatário garantiu que “haverá eleição, com ou sem a oposição”. Ele também afirmou que vai honrar todos os pontos discutidos com os opositores durante os diálogos para a convivência e a paz. “Estamos convidando a secretaria-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) para a observação eleitoral internacional. Vamos manter todas as garantias eleitorais”, destacou o presidente.

Edição: Mauro Ramos