8 de março

Mulheres do MST fazem ato em fábrica de celulose na Bahia

Ação faz parte da jornada de lutas das mulheres que ocorre durante esta semana nas cinco regiões do país

Brasil de Fato | São Paulo |
Mulheres Sem Terra ocupam a frente da fábrica Suzano Papel e Celulose, em Mucuri (BA)
Mulheres Sem Terra ocupam a frente da fábrica Suzano Papel e Celulose, em Mucuri (BA) - MST/Bahia

Na madrugada desta segunda-feira (05), mais de mil mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam a frente da fábrica Suzano Papel e Celulose, localizada na cidade de Mucuri, na região sul da Bahia. O ato denuncia a grave crise hídrica no município causada pela produção em grande escala de eucalipto.

Continua após publicidade

Segundo Maristela Cunha, da Direção Estadual do MST, as trabalhadoras rurais, afetadas pela prática do monocultivo na região, chegaram ao seu limite. “Estamos aqui para dizer que não aceitamos monocultivos de eucalipto em nossa região.  Queremos solução para questão hídrica em Mucuri já”, enfatiza.

Outra denúncia feita pelas mulheres é em relação à pulverização aérea, que é proibida por lei em alguns municípios do Espirito Santo, que faz divisa com a Bahia. De acordo com o relatório apresentado pela subcomissão que debate o tema na Câmara dos Deputados de Santa Catarina, cerca de 70% dos agrotóxicos aplicados por aviões não atingem o alvo, atingindo áreas urbanas, e causando danos irreversíveis ao ecossistema do entorno, como a morte de espécies de animais e a contaminação de rios, prejudicando a população. 

A manifestação desta segunda-feira faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que tem programada a mobilização de milhares de trabalhadoras do campo e da cidade em diversos estados. Embora cada região tenha um foco próprio, de acordo com a realidade local, as mobilizações terão um fio condutor: a luta pela democracia e contra as medidas do governo golpista de Michel Temer. 

Edição: Nina Fideles