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AMEAÇA

Ensino médio à distância é “tentativa de privatizar educação”, diz pesquisadora

Para Maria Raquel Caetano, doutora em Educação pela UFRGS, resolução do governo simboliza precarização de direito básico

23.mar.2018 às 17h06
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
São Paulo (SP)
Emilly Dulce
Proposta prevê 40% do ensino médio à distância e 100% para o curso de jovens e adultos (EJA)

Proposta prevê 40% do ensino médio à distância e 100% para o curso de jovens e adultos (EJA) - Wikimedia Commons

O governo golpista de Michel Temer (MDB) quer permitir que até 40% do ensino médio seja realizado à distância (EAD). Para a educação de jovens e adultos (EJA), a proposta é de que todo o curso seja fora da escola. A resolução, fruto da reforma do Ensino Médio, aprovada em 2017, foi discutida no Conselho Nacional de Educação (CNE) e atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio.

Para Maria Raquel Caetano, pesquisadora e doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), o governo federal apresenta um discurso de inovação, eficiência e redução de gastos, mas a ação, no entanto, é uma "tentativa de privatização do ensino público e aprofundamento das desigualdades sociais". Segundo ela, essa é uma estratégia para não enfrentar os grandes problemas do ensino médio, como a evasão escolar e a carência de professores e infraestrutura básica.

"Ao mesmo tempo em que a PEC 55 congela por 20 anos o investimento público nas áreas sociais, em especial na educação, isso é perfeito para a narrativa do governo de repassar as políticas sociais para o setor privado", afirma. 

Maria Raquel aponta um esvaziamento do conteúdo educacional do ensino público, o que, segundo ela, dá margem para a precarização de um direito básico. "A oferta permanece pública, mas as instituições privadas operam por dentro das escolas, interferindo na gestão e no currículo, que é o coração do ensino e que pauta a formação do sujeito. Portanto, a proposta de formação cidadã é deixada de lado e entra a formação para o mercado, precarizado também pela reforma trabalhista".

O coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, destaca que o sucateamento do ensino público também pode se dar pela proposta de substituição de professores por tutores. Para ele, o direito à educação no Brasil está em risco quando o governo federal apresenta subterfúgios que precarizam uma etapa fundamental para a construção da autonomia dos estudantes.

"A questão central é uma tentativa de precarizar os direitos sociais e a educação tem sido o mais atacado, porque, depois da previdência, é o direito social que mais tem custos, que mais representa necessidade de investimento", diz. 

Roberto Catelli Jr., coordenador executivo da Ação Educativa, ressalta que a proposta de educação integral à distância para o EJA não será inclusiva, porque o modelo não atende a necessidade da maior parte dessas pessoas. "Tornar a educação de jovens e adultos 100% à distância dificilmente será um benefício, porque essas pessoas precisam de acompanhamento presencial e estímulos para estudar. Não será um modelo à distância que irá trazê-los de volta para que o direito à educação seja de fato efetivado".

Por isso, Maria Raquel defende uma educação pública com qualidade social. "Por um lado, isso explica também o esvaziamento na formação de professores, especialmente na área social e humana. Isso é gravíssimo para a educação e para a formação de uma sociedade mais justa, igualitária, humana e comprometida com os valores cidadãos".

Sobre a proposta, a pesquisadora diz que falta diálogo com os personagens mais importantes: alunos e professores. Ela conta que as entidades e instituições da categoria não foram consultadas. "Definitivamente, nós precisamos compreender que a educação de qualidade social se faz com investimento público, para o público e com o público. Nós precisamos avançar na gestão democrática, que não tem sido um princípio utilizado pelo governo ao priorizar a interlocução apenas com os empresários".

O processo sobre a resolução de ensino à distância deve ocorrer ainda neste semestre. Após a definição das diretrizes, caberá a cada rede de ensino regulamentar formatos e ferramentas educacionais.

Editado por: Camila Salmazio
Tags: direito à educaçãoeducaçãoeducação públicagoverno temerprivatizaçaoradioagência
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