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MANIPULACIÓN

Red Globo utiliza declaración de general sobre caso Lula con finalidades políticas

Para ex ministro de Justicia, el anuncio está relacionado a la posición editorial de la emisora contra el ex mandatario

04.abr.2018 às 18h42
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h42
Ciudad de São Paulo
Redacción
General Eduardo Villas Bôas, comandante del Ejército brasileño

General Eduardo Villas Bôas, comandante del Ejército brasileño - Tiago Corrêa/Dircom/CMM

El general Eduardo Villas Bôas, comandante del Ejército brasileño, hizo una declaración este martes (3) por la noche, en su cuenta de Twitter, en la cual afirmaba: "compartir el anhelo de todos los ciudadanos de bien de repudio a la impunidad y en respeto a la Constitución, del mismo modo que se mantiene atento a sus misiones institucionales". Y completó: "en la actual situación de Brasil, cabe preguntar a las instituciones y al pueblo quien realmente está pensando en el bien del país y de las generaciones futuras y quien está pensando solo en sus intereses personales".

La declaración, hecha en la víspera de la votación de la decisión sobre el habeas corpus preventivo del ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva en el Supremo Tribunal Federal, generó polémica en Brasil y el mundo.

El mensaje de Villas Boas fue anunciado en la emisora Red Globo en cadena nacional durante el "Jornal Nacional", el informativo televisivo de mayor audiencia del país. Al comentar el mensaje de Villas Boas, los presentadores de la emisora pusieron énfasis en esta declaración y la interpretaron sugiriendo que indicaba una supuesta intervención de las Fuerzas Armadas.

Para el ex ministro de Justicia de Brasil Eugênio Aragão, la decisión de la Red Globo se trata de una trampa para instrumentalizar la declaración del general para fomentar su posición editorial favorable a la condena del ex presidente.

Aragão afirmó conocer muy bien a Villas Bôas, y lo clasificó como una persona equilibrada, responsable por apartar los "cabezitas calientes" de la tropa, como el general Hamilton Mourão, quien defendió publicamente la necesidad de una intervención militar. Para el ex ministro de Justicia, las declaraciones de Villas Bôas fueron las de un comandante de tropa que necesita pasar el orden del día en un momento de nerviosismo.

Este miércoles (4) por la mañana, el ministro interino de Defensa, el general Joaquim Silva e Luna, corroboró la posición de Villas Bôas y afirmó al periódico "O Globo" que el mensaje del comandante "es que la población puede estar tranquila, pues las instituciones aquí están. No es un mensaje de uso de la fuerza. Es lo contrario."

En un comunicado de prensa, la presidenta del Partido de los Trabajadores (PT) Gleisi Hoffmann, el senador Lindbergh Farias y el diputado Paulo Pimenta declararon que no es normal en una democracia que una emisora manipule una frase de un comandante del Ejército. "La [red] Globo intenta repetir lo que hizo en 1964, cuando incitó a los jefes militares contra el gobierno constitucional de João Goulart", en referencia al golpe militar de 1964.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: brasillula
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