Acampamento

Movimentos populares convocam ato permanente em apoio a Lula em Curitiba

Em entrevista ao Brasil de Fato, João Pedro Stedile disse que a militância precisa ir para a rua

Brasil de Fato, em São Paulo (SP) |
João Pedro Stedile, do MST, esteve com Lula no ato de apoio ao ex-presidente organizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
João Pedro Stedile, do MST, esteve com Lula no ato de apoio ao ex-presidente organizado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC - Júlia Dolce/Brasil de Fato

Em Curitiba, no Paraná, está começando um acampamento de resistência até que o ex-presidente Lula seja libertado. De acordo João Pedro Stedile, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Terra (MST), em entrevista para a Rádio Brasil de Fato, a militância não deve chorar pela decisão do ex-presidente Lula se apresentar à Justiça.

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"Não adianta chorar. O Lula explicou que essa não é uma demonstração de fraqueza, de subordinação a eles mesmo sendo inocente. Pelo contrário, é uma estratégia de devolver a responsabilidade para o outro lado, para o Moro e para o Ministério Público. É hora de resistência e luta. A militância tem que ir para a rua", disse.

Neste que é um dos momentos mais importantes da história do Brasil, o  foco da resistência pela democracia, segundo os movimentos populares, tem que ser em Curitiba, onde o ex-presidente deve ficar preso na sede da Polícia Federal. “Estamos na luta de classe. A luta de classe exige sabedoria, inteligência e seguir unidos”, disse o dirigente do MST.

A convocação para fortalecer o acampamento no Paraná acontece em todas as regiões do país.

"É de extrema importância que os militantes, simpatizantes das organizações, dos movimentos sociais, dos sindicatos, venham pra cá, reforçar essa vigília, que vai ser permanente, até que Lula seja solto, porque ele é inocente", disse Robson Sebastian Formica, integrante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que já está em Curitiba.

Minutos depois da convocação, centenas de pessoas começaram a chegar ao local, localizado na Rua Professora Sandália Monzon, nº 210, no Bairro Santa Cândida, na capital paranaense.

Para João Paulo Stedile, o discurso de hoje do ex-presidente serviu para inflamar a militância na luta. "Cada um de nós tem que se transformar na voz do Lula, tem que se transformar no coração de Lula, ser o ideal de Lula para nos multiplicar em milhões. É isso que vai derrotar a burguesia e isso que vai derrotar o poder judiciário", disse.

 

Edição: Juca Guimarães